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sábado, dezembro 27, 2025

O que está por trás do primeiro cartel transnacional da Costa Rica

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Historicamente considerado um dos países mais seguros da América Central devido aos seus baixos índices de criminalidade, a Costa Rica tem visto esse cenário mudar nos últimos anos com o aumento da atividade de grupos criminosos.

Recentemente, as autoridades ampliaram suas operações visando o Cartel do Caribe do Sul, que foi classificado como a primeira organização criminosa transnacional com origem no país.

A descoberta do grupo ocorreu em 4 de novembro durante uma ação policial, que resultou na prisão de quase 30 pessoas e na apreensão de quase 14 toneladas de drogas, principalmente cocaína, além de 68 armas de grosso calibre, sete condomínios de luxo, 40 imóveis e 73 veículos e embarcações.

Investigações divulgadas pela imprensa local apontam que o Cartel do Caribe do Sul contava com o auxílio de altos funcionários do governo para operar dentro e fora do país.

De acordo com o think tank Insight Crime, a organização criminosa contava com uma rede de associados que trabalhavam dentro da Costa Rica e em toda a América Latina, nos Estados Unidos e na Europa.

O primeiro grupo criminoso com atuação transnacional do país conseguiu ampliar seu controle sobre o mercado das drogas em poucos anos.

Liderado pelos irmãos Luis Manuel, também conhecido como “Shock”, e Kevin Picado Grijalba, apelidado de “Noni”, o Cartel do Caribe do Sul é considerado atualmente o principal distribuidor de maconha e cocaína na Costa Rica. Em apenas quatro anos, segundo o Insight Crime, o grupo criminoso evoluiu de uma gangue local para uma organização transnacional.

Esse crescimento se deu por meio de alianças com outros criminosos conhecidos internamente, além de fortes ligações políticas e empresariais na Costa Rica, que ajudaram o cartel a ter um amplo acesso a rotas e contatos do tráfico.

As autoridades também rastrearam que membros da organização criminosa realizaram diversas viagens ao Panamá, Colômbia, Nicarágua, Estados Unidos, França e México, nos últimos anos.

Segundo as investigações do governo, o grupo trafica drogas por via aérea, utilizando países como República Dominicana, Jamaica, México e Estados Unidos como ponte.

Internamente, o cartel se apoiava em uma rede de pistoleiros para consolidar seu controle territorial, segundo informações do Organismo de Investigação Judicial da Costa Rica (OIJ, na sigla em espanhol).

Os Estados Unidos já estão cientes do crescimento do crime organização e do grupo costarriquenho, especificamente. Os irmãos considerados líderes da organização criminosa são procurados por Washington, que recentemente divulgou o combate ao crime organizado como uma de suas prioridades na América Latina.

[Fonte Original]

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