Conheça qual é o menor PIB do mundo

PIB é a soma do conjunto de bens e serviços produzidos por uma economia. O PIB de 2024 de Tuvalu é estimado em US$ 70 milhões, o menor valor registrado entre todos os países acompanhados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Na outra ponta da lista está a economia dos Estados Unidos, a maior do mundo, com PIB estimado em US$ 28,78 trilhões.

Vale salientar que não são todas as economias do mundo que têm seus dados divulgados, acompanhados e analisados pela instituição financeira internacional. Por diversas razões, há quase 50 países que não têm acompanhamento sobre a evolução de sua economia, como Cuba, Afeganistão, Mônaco, Paquistão, Síria e Vaticano, por exemplo.

Com apenas 11 mil habitantes, ainda de acordo com projeção do FMI neste mês de junho, o PIB per capita de Tuvalu gira em torno de US$ 6 mil. Nos EUA, como base de comparação, é de US$ 85,37 mil.

A economia de Tuvalu é frágil, composta por doações de outros países, concessão de pesca estrangeira em suas águas e o licenciamento do seu domínio de internet, o “.tv“.

Conforme o último relatório do FMI sobre Tuvalu, publicado em 2023, “a pequena dimensão, a localização remota e a dispersão entre as ilhas de Tuvalu implicam um elevado custo de fazer negócios” no país.

“Nesse contexto, a economia enfrenta desafios estruturais adicionais que a envolvem ainda mais com riscos descendentes, tornando a atividade do setor privado ainda mais desafiante na economia atualmente dominada pelo Estado”, escreveu.

O pequeno país corre o risco de ser o primeiro a desaparecer por causa das mudanças climáticas. No início, Tuvalu era composto por onze ilhas no total. Com o avanço do mar, já são nove ilhas habitáveis.

Isso porque todo o território pode ser engolido pela água do mar nos próximos anos. Para se ter uma ideia, o ponto mais alto de Tuvalu está a apenas cinco metros do nível do mar.

Em 2021, o então ministro da Justiça e Comunicações Simon Kofe discursou na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26) de terno e gravata, com o mar cobrindo suas pernas. “Estamos afundando, mas o mesmo está acontecendo com todos. Não importa se sentimos os efeitos hoje, como Tuvalu, ou daqui a 100 anos”, disse na ocasião.

É por isso que começou o movimento de repatriar os habitantes que buscam fugir dos impactos causados pelas mudanças climáticas. Em novembro passado, a Austrália fechou um acordo aceitando receber os refugiados climáticos de Tuvalu.