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sexta-feira, setembro 20, 2024

Powell diz que “chegou a hora” de reduzir os juros nos EUA

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Jerome Powell, Presidente do Fed - Evelyn Hockstein - ReutersJerome Powell, Presidente do Fed - Evelyn Hockstein - Reuters

Jerome Powell, Presidente do Fed – Evelyn Hockstein – Reuters

A taxa de desemprego nos EUA está em 4,3%

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O chair do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse nesta sexta-feira (23) que “chegou a hora” de o banco central dos Estados Unidos cortar sua taxa de juros, uma vez que os riscos para o mercado de trabalho não deixam espaço para mais fraqueza, além da inflação alcançando a meta de 2%.

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“Os riscos de alta para a inflação diminuíram. E a ameaça de queda para o emprego aumentaram”, disse Powell em discurso no simpósio anual do Fed de Kansas City em Jackson Hole, no estado de Wyoming.

“Chegou a hora de ajustar a política. A direção a ser seguida é clara, o ritmo dos cortes nos juros dependerão dos dados que chegarem, da evolução das perspectivas e do equilíbrio dos riscos.”

Referindo-se às duas metas que o Fed é encarregado pelo Congresso de atingir, Powell disse que sua “confiança cresceu de que a inflação está em um caminho sustentável de volta para 2%”, depois de ter subido para cerca de 7% durante a pandemia da Covid-19.

Embora Powell tenha dito que o salto de quase um ponto percentual na taxa de desemprego no último ano se deveu, em grande parte, ao aumento da oferta de mão de obra e à desaceleração das contratações, ele também foi enfático ao dizer que o Fed quer evitar qualquer erosão adicional.

A atual taxa de desemprego de 4,3% está próxima do nível que as autoridades do Fed consideram compatível com uma inflação estável no longo prazo.

“Não buscamos nem recebemos bem um maior esfriamento das condições do mercado de trabalho”, disse Powell. “Faremos tudo o que pudermos para apoiar um mercado de trabalho forte à medida que progredimos em direção à estabilidade de preços. Com uma redução apropriada da restrição da política monetária, há boas razões para pensar que a economia voltará a ter uma inflação de 2%, mantendo um mercado de trabalho forte.”

NOVO CAPÍTULO

Os comentários de Powell são o mais próximo que ele provavelmente chegará de declarar vitória sobre o surto de inflação que abalou a economia no início da pandemia da Covid-19.

O rápido aumento dos preços levou o Federal Reserve a elevar sua taxa de juros de um nível próximo a zero para a atual faixa de 5,25% a 5,50%, o nível mais alto em 25 anos. Ela tem sido mantida nesse patamar por mais de um ano, mesmo com a economia desafiando as frequentes previsões de recessão, a inflação desacelerando e a manutenção do crescimento econômico — os ingredientes de um “pouso suave”.

“Embora a tarefa não esteja concluída, fizemos um grande progresso” no sentido de restaurar a estabilidade dos preços, disse Powell. O Fed define a estabilidade de preços como uma inflação de 2%, medida pelo índice PCE. O índice está atualmente em uma taxa anual de 2,5%.

Powell está discursando no Jackson Lake Lodge, no Parque Nacional Grand Teton, em Wyoming, para uma reunião de autoridades de bancos centrais e economistas.

Seus comentários consolidam,  a ata da reunião de julho, que dizia que a “grande maioria” das autoridades concordava que os cortes nos juros provavelmente começariam no próximo mês.

Mas sua linguagem enfática agora não deixa dúvidas de que o Fed está abrindo um novo capítulo na política monetária.

No entanto, ele não foi muito além disso, descrevendo como o Fed estaria ponderando suas decisões a partir de agora, à medida que navega em uma política de afrouxamento.

Assim como em muitos de seus discursos anteriores em Jackson Hole, a maioria das falas de Powell foi de natureza explicativa, neste caso, relembrando a combinação de choques de oferta e demanda que causaram o aumento da inflação no início da pandemia, por que ela persistiu mais do que ele e outras autoridades imaginavam e como a reversão desses choques permitiu que a inflação caísse sem muitos danos iniciais ao mercado de trabalho.

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As autoridades do Fed apresentarão projeções econômicas atualizadas na reunião de 17 e 18 de setembro, que fornecerão mais detalhes sobre como eles esperam que a taxa de juros evolua daqui para frente.

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