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sexta-feira, outubro 18, 2024

Líderes como Arminio e Bracher lançam proposta para atrair investimento na restauração de florestas

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Um grupo de líderes com interesses na restauração de florestas tropicais no Brasil lançou em Nova York propostas com os pilares para estruturar o setor no Brasil. O restauro florestal tem potencial de atrair grandes volumes de recursos, ser uma das bases para o enfrentamento da crise climática e se transformar em uma nova classe de ativos de investimentos.

“Trata-se de um movimento pré-competitivo”, diz o biólogo Roberto Waack, presidente do Conselho do Instituto Arapyaú e coordenador da iniciativa.

Os documentos foram elaborados com participação de 20 empresas dos setores de restauro e do mercado financeiro: Belterra, Biofílica, Biomas, EB Capital, IPÊ, Itaú, Itaúsa, Leste, Maraé, Marfrig, Mombak, Pátria, Rabobank, re.green, Safra, Santander, Suzano, Symbiosis, UBS e Vale.

“O objetivo desses atores é fazer com que a restauração florestal passe a ser uma classe de ativos de investimentos”, diz Waack.

A intenção do grupo é organizar o setor de maneira robusta com segurança institucional para atrair investimentos estimados em bilhões de dólares.

“O senso de urgência da questão climática mostra que não podemos esperar mais. Indústrias levam décadas para serem construídas. Essa janela de oportunidade é agora”, diz Fabio Sakamoto, CEO da Biomas, empresa de restauração ecológica que tem como sócios Suzano, Marfrig, Vale, Itaú, Santander e Rabobank. “Não se trata apenas de uma pauta do setor privado, mas é uma pauta de país e de planeta”

Para o setor decolar, uma série de fatores precisa acontecer, explica Waack. Restauração, hoje, é um nome para atividades diversas e empresas com interesses e modos de atuação distintos. “Existem vários modelos de restauração. Na nossa visão, todos são melhores que uma terra degradada”, diz.

A característica do setor de restauro de terras degradadas demanda muito investimento – trata-se de recuperar pastos, mobilizar cadeias de fornecimento de mudas e sementes, plantar e cuidar depois para proteger a área de incêndios e invasões. “É uma cadeia de infraestrutura com potencial para envolver milhares de pessoas”, explica Sakamoto.

Dois documentos foram lançados em evento na Columbia University na sexta-feira, com a intenção de estabelecer as frentes prioritárias para o setor.

Um dos documentos, “Ações Pré-Competitivas Empresariais em Restauração Florestal no Brasil”, explora o assunto como uma ferramenta essencial na mitigação das mudanças climáticas e procura contribuir para o fortalecimento do setor de reflorestamento com espécies nativas no Brasil.

O segundo, “Uma Contribuição para o Reflorestamento com Espécies Nativas no Brasil”, destaca os desafios e as oportunidades nesse campo e o papel das empresas em pesquisa e desenvolvimento.

Para que o setor consiga atrair capital externo, é preciso construir uma forte baliza regulatória. “Existe demanda e capacidade de execução e agora estamos acertando o ecossistema de financiamento, que ainda está surgindo”, diz Sakamoto.

Mais de 40 líderes lançaram a iniciativa, entre eles, Arminio Fraga (ex-presidente do BC), Cândido Bracher (integrante do conselho de administração do Itaú Unibanco) e Jorge Hargrave (diretor da Maraé Investimentos).

[Fonte Original]

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