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quinta-feira, setembro 19, 2024

Manhã no mercado: Investidor repercute Copom mais agressivo e reavalia Fed

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Ainda que o novo ciclo de alta de juros iniciado pelo Banco Central ontem tenha vindo em ritmo gradual, de elevação de 0,25 ponto percentual, o tom do comunicado da decisão se mostrou “hawkish” (favorável ao aperto monetário). Como mostra o Valor hoje, na visão de participantes do mercado ouvidos, o comunicado mostrou um BC preocupado com o ritmo forte da atividade econômica e com a desancoragem das expectativas inflacionárias, sinalizações que poderiam apontar para um aumento mais forte da taxa Selic já na decisão de ontem.

Diante disso, hoje os mercados devem repercutir a decisão e a mensagem passada pela autarquia nesta última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A perspectiva de um ciclo de alta de juros mais forte ou mais longo deve se refletir não apenas no mercado de juros futuros, mas também na bolsa e possivelmente no mercado de câmbio.

Mas não é só isso que deve permanecer no radar dos agentes no pregão de hoje. A sessão desta quinta-feira conta com mais decisões de política monetária, com destaque para o Banco da Inglaterra, que manteve suas taxas inalteradas em 5%. Além disso, algum efeito tardio ou mesmo uma reavaliação da decisão do Federal Reserve (Fed), que cortou os juros americanos em 0,50 ponto percentual e indicou cortes menores daqui para frente, pode explicar o bom desempenho dos ativos de risco na manhã desta quinta.

No exterior, o dólar seguia mais fraco, com moedas ligadas a commodities se beneficiando dessa dinâmica. O dólar americano recuava 1,05% contra o dólar australiano, enquanto caía 1,28% contra a coroa norueguesa e perdia 0,92% frente ao rand sul-afriano. Já os índices futuros acionários de Wall Street exibiam firme valorização, com o Dow Jones em alta de 1,17%, o S&P 500 avançando 1,66% e o Nasdaq valorizando 2,14%. Já a curva de juros de curto prazo fechava, com o retorno do Treasury de dois anos em queda, saindo de 3,628% para 3,594%.

O foco também se volta para os dados econômicos, em dia de divulgação dos números de seguro-desemprego nos Estados Unidos. Com a inflação cedendo, o mercado de trabalho americano ganha relevância adicional, pois deve direcionar os sentimentos dos agentes financeiros em relação aos próximos passos do Fed.

À parte disso, os participantes do mercado avaliam os preços das commodities, que hoje buscam recuperação, após perdas recentes. Os preços dos contratos do petróleo avançam mais de 1% nesta manhã, enquanto o minério de ferro registrou alta de 1,69% na Bolsa de Dalian, na China.

Outro ponto de atenção é a questão fiscal brasileira. Além das expectativas em torno do relatório bimestral de receitas e despesas (que deve ser apresentado ainda nesta semana), há hoje a divulgação dos dados de arrecadação de agosto pela Receita Federal.

[Fonte Original]

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