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segunda-feira, setembro 16, 2024

Taxas de juros acompanham câmbio e fecham em leve alta após ‘payroll’

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Os juros futuros encerraram o pregão em ligeira alta ao longo da extensão da curva, em um dia marcado pela divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos. Apesar do novo sinal de desaceleração do mercado de trabalho americano, dirigentes do Federal Reserve (Fed) deram declarações no sentido de que o ciclo de afrouxamento nos EUA deve se dar de forma gradual, em um primeiro momento. Assim, o dólar avançou contra o real e os juros futuros, especialmente os de prazo intermediário, acabaram encerrando o dia em leve alta.

No fim da sessão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 oscilou de 10,925% do ajuste anterior para 10,92%; a do DI para janeiro de 2026 subiu de 11,69% para 11,735%; a do DI para janeiro de 2027 passou de 11,69% para 11,695%; e a do DI para janeiro de 2029 recuou de 11,835% para 11,805%. Já o dólar comercial subiu 0,35% e fechou o dia negociado aos R$ 5,5900.

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou hoje que o país criou 142 mil empregos no mês passado, abaixo das expectativas de analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de 161 mil vagas. A taxa de desemprego caiu para 4,2% em agosto, de 4,3% em julho, em linha com as estimativas.

Além do número menor do que o esperado, as revisões das leituras anteriores chamaram a atenção do mercado e contribuíram para um ambiente de aversão a risco que ganhou corpo nos mercados globais. O Departamento do Trabalho informou também que as vagas de emprego criadas em julho foram revisadas de 114 mil para 89 mil, e as de junho tiveram revisão de 206 mil para 118 mil.

Os juros dos Treasuries passaram a recuar com força neste momento e até levaram as taxas locais a também operar em queda firme. No entanto, dois importantes dirigentes do banco central americano – John Williams, presidente da distrital de Nova York, e Christopher Waller, membro do conselho do Fed – indicaram preferência por um corte de 0,25 ponto na reunião de setembro.

“Os discursos do Williams e do Waller sugerem que eles admitem a possibilidade de ter que acelerar o ritmo em algum momento, mas não agora. Acho que estão com uma cabeça de 0,25 ponto na largada e que estarão dependentes dos dados para a sequência. Inclusive, acho que o Waller, ao dizer que prevê uma sequência de cortes, tenta reduzir a volatilidade do mercado que hoje precifica cerca de 0,7 ponto percentual (p.p.) para as próximas duas decisões. Então, para não deixar a todos histéricos por “cortarem hawk”, ele já diz que deve ter uma sequência, que possivelmente entregará o orçamento todo que está precificado”, apontou o economista-chefe da Quantitas, Ivo Chermont, em publicação em rede social.

Assim, a Quantitas mantém o cenário de um ciclo de cortes de 0,25 ponto pelo Federal Reserve, “o que é a norma do Fed em momentos fora de crise financeira”.

As apostas por um corte de 0,5 p.p. também caíram hoje, segundo dados do CME Group. A probabilidade implícita pelos futuros dos Fed Funds recuou de 40% para 31%.

No Brasil, as apostas por uma alta de 0,25 ponto da Selic vão se consolidando, após recentes ruídos de comunicação entre os membros do Banco Central.

“Parece que finalmente a autoridade monetária cumpriu seu objetivo em termos de comunicação, já que a curva neste momento precifica 0,3 ponto de alta na Selic para a próxima reunião do Copom. Foi um período em que ocorreram muitos discursos e palestras de diretores do Banco Central, mas com mais clareza na comunicação e muita ajuda do exterior os participantes do mercado pareciam estar convencidos de que o ciclo de alta começará gradualmente”, aponta o tesoureiro de um banco local.

 — Foto: Pixabay
— Foto: Pixabay

[Fonte Original]

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