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sexta-feira, outubro 18, 2024

Ibovespa termina sessão em queda com recuo de Petrobras e Vale

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A subida mais expressiva dos juros futuros mais longos e o recuo de ações como Vale e Petrobras ajudaram a empurrar o Ibovespa para baixo na sessão de hoje. O começo do pregão foi mais positivo, impulsionado por dados de atividade melhores na China. O movimento, porém, perdeu força e o índice encerrou o dia em queda de 0,22%, 130.499 pontos, variando entre 130.121 pontos e 131.725 pontos. No acumulado da semana, o Ibovespa avançou 0,39%.

A sessão foi marcada por um volume financeiro de R$ 16,6 bilhões na B3 e de R$ 22,1 bilhões no índice. Para o analista Rafael Passos, da Ajax Asset Management, o volume financeiro mais “fraco”, juntamente com o vencimento de opções sobre ações, favoreceu “movimentos mais bruscos” na bolsa na sessão de hoje. O desempenho local do Ibovespa foi na contramão de índices americanos: o S&P 500 e o Dow Jones avançaram 0,40%, aos 5.864,67 pontos, e 0,09%, aos 43.275,91 pontos, respectivamente, enquanto o Nasdaq subiu 0,63%, aos 18.489,55 pontos.

O recuo nos contratos futuros de petróleo do tipo Brent penalizou as ações da Petrobras. Os papéis PN chegaram a ser cotados em R$ 36,41, mas fecharam em queda de 0,27%, a R$ 36,83, enquanto os ON caíram 0,54%, a R$ 40,37. Ações da Vale também terminaram no campo negativo, com recuo de 0,35%, a R$ 60,55. Itaú PN e Bradesco PN foram alguns dos destaques positivos dentro de blue chips, com alta de 0,48% (R$ 35,28) e 0,79% (R$ 15,32), respectivamente.

Já na ponta positiva, papéis da Marfrig foram o grande destaque, ao avançar 5,97%, a R$ 14,55. Analistas do Goldman Sachs iniciaram cobertura da companhia com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18,10.

Rodrigo Mello, gestor de renda variável na Tenax Capital, diz que a bolsa brasileira ainda não parece ter sido tão afetada pela subida do dólar e dos juros futuros – apesar do desempenho pior na sessão de hoje. O executivo destaca que houve uma forte abertura da curva futura desde o fim de agosto em torno de 150 a 160 pontos-base, ao mesmo tempo em que o Ibovespa recuou pouco mais de 4% no período.

“Se começarmos a operar com dólar acima de R$ 5,70 e o DI para janeiro 27 acima de 13%, poderemos ter um ambiente com mais volatilidade porque a dinâmica do mercado pode mudar”, avalia Mello. O profissional defende que o governo precisa apresentar “medidas efetivas e reais” em relação ao corte de gastos para melhorar a dinâmica fiscal e o cenário para juros e dólar.

O dia também foi de divulgação de dados de atividade melhores do que o esperado na China. O crescimento econômico do país aumentou 4,6% entre julho e setembro deste ano em comparação com igual período do ano anterior. A expectativa era de uma alta de 4,5%, segundo economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.

Nos últimos meses, o governo chinês tem se empenhado em um pacote de estímulos para impulsionar a economia. Rodrigo Mello, gestor de renda variável na Tenax Capital, avalia, porém, que as medidas já apresentadas são melhores para “soft commodities”, como papel e celulose, porque incentivam mais o consumo. Uma das maiores posições da casa hoje no setor está em Suzano. “É defensiva e está com valuation [preço] atrativo”, diz. Atualmente, a gestora não detém alocação em Vale.

A Tenax Capital também vê boas perspectivas para alguns bancos, como o Bradesco, que registrou um avanço das ações na sessão de hoje. Mello diz que a instituição tenta fazer um “turnaround” com uma série de trocas relevantes no corpo executivo. O profissional também defende que o papel foi bastante “penalizado” nos últimos três anos e que está com preço “atrativo”.

Investidores também têm elevado as atenções com a proximidade das eleições americanas. Sites de apostas aumentaram as chances de uma vitória do candidato republicano Donald Trump, juntamente com a obtenção de uma maioria republicana no Senado e na Câmara (onda vermelha), o que pode gerar efeitos para o mercado local.

“O pacote ‘onda vermelha’ implica expansão fiscal nos EUA e tarifas comerciais pelo mundo. Isso seria inflacionário e deveria gerar um dólar mais apreciado. Isso vira pressão para os juros e gera mais dificuldade para alocação na bolsa brasileira”, diz André Diniz, economista chefe de internacional da Kinea Investimentos.

[Fonte Original]

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