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sexta-feira, outubro 18, 2024

Redução da extrema pobreza global praticamente estagnou nos últimos cinco anos, diz Banco Mundial

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A redução da extrema pobreza global – quando a renda média per capita por dia é de menos de US$ 2,15 – praticamente estagnou desde 2019, segundo o Banco Mundial. Em alguns países esse nível cresceu nos últimos cinco anos.

Embora a taxa de pobreza extrema tenha caído de 38% em 1990 para 8,5% em 2024, ela teve apenas uma leve queda nos últimos cinco anos devido ao fraco crescimento econômico e a múltiplas crises, como a pandemia, inflação alta e os diversos conflitos mundiais.

Em relatório divulgado hoje, o Banco Mundial afirma que atualmente 8,5% da população mundial vive em situação de extrema pobreza, cerca de 692 milhões de pessoas.

Até o final desta década, é estimado que 7,3% da população mundial continuará em situação de extrema pobreza — mais que o dobro da meta do Banco Mundial de 3% e distante do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da entidade de acabar com a extrema pobreza em todos os países até 2030. Entre 2024 e 2030, apenas 69 milhões de pessoas devem deixar este quadro.

“Após décadas de progresso, o mundo está enfrentando sérios retrocessos na luta contra a pobreza global, resultado de desafios que incluem o crescimento econômico lento, a pandemia, altas dívidas, conflitos e fragilidade, além de choques climáticos,” disse Axel van Trotsenburg, diretor-geral Sênior do Banco Mundial.

A entidade afirma que a lentidão na redução da extrema pobreza é resultado de um quadro de policrises, quando o mundo enfrenta crises múltiplas e interconectadas simultaneamente.

Segundo o Banco Mundial, os efeitos duradouros da pandemia, o crescimento econômico lento, o aumento de conflitos e o progresso insuficiente no compartilhamento de renda são fatores interligados e responsáveis pelo progresso lento na redução da pobreza.

Com o resultado ruim na redução da pobreza nos últimos anos, a meta de 3% da população em situação de extrema até 2023 estabelecida pelo Banco Mundial está praticamente descartada. A estimativa é que se o crescimento do produto interno bruto (PIB) per capita global se mantiver nas taxas médias do período entre 2010 e 2019, o nível de extrema pobreza mundial permanecerão acima de 7% até 2050.

Em relação ao fim da pobreza – quando a renda média per capita por dia é de menos de US$ 6,85 – a estimativa do Banco Mundial é que o mundo deverá levar mais de um século para atingir essa marca.

Atualmente, 44% da população mundial vive com menos de US$ 6,85 por dia. O número de pessoas vivendo abaixo desse patamar ficou praticamente inalterado desde 1990 devido ao crescimento populacional.

[Fonte Original]

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