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As próximas semanas devem ser agitadas no Brasil, com a temporada de balanços ditando o vai e vem da bolsa. Além disso, o fim das eleições municipais, no próximo domingo, deve fazer com que a pauta político-econômica volte a caminhar em Brasília, com destaque para medidas que tenham capacidade de melhorar o diagnóstico fiscal brasileiro
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Enquanto as principais empresas do Ibovespa não divulgam os seus números do terceiro trimestre, o ritmo na B3 é lento. O cenário deve mudar em breve, com empresas como Vale e Suzano escaladas para a divulgação de seus balanços nos próximos dias.
Com tantas variáveis no horizonte, o investidor prefere esperar. Nesta terça-feira (22), o principal índice da bolsa brasileira recuou 0,31%, aos 129.951 pontos. O volume financeiro ficou abaixo da média dos últimos 30 dias. O dólar à vista ficou praticamente estável, com leve avanço de 0,06%, a R$ 5,6967.
Agenda esvaziada
Sem grandes eventos capazes de movimentar o apetite por risco, os investidores seguiram repercutindo as notícias corporativas dos últimos dias.
A principal delas foi a potencial fusão entre a Hypera Pharma (HYPE3) e a EMS, ventilada ao mercado ontem. Os papéis HYPE3 avançaram 7,45%, aos R$ 28,11.
Na ponta contrária, empresas mais sensíveis ao avanço dos juros, como construtoras e varejo, foram as mais penalizadas pelos investidores.
Vitor Agnello Piazzi, Analista Educacional, da CM Capital, aponta que a queda de mais de 5% do Ibovespa no mês de outubro está atrelado à fuga de capital estrangeiro do país por questões sazonais, como as festas de fim de ano, e também dos temores geopolíticos que promovem a busca por ativos mais seguros
Wall Street
Em Nova York, o dia também foi de cautela e apenas o Nasdaq (com alta de 0,17%) conseguiu escapar do vermelho. Enquanto isso, o Dow Jones recuou 0,02% e o S&P 500 teve queda de 0,05%.
Por lá, a temporada de balanços já está mais avançada, mas a proximidade das eleições presidenciais inspiram cautela nos investidores.
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Com a incerteza crescente, o retorno dos títulos do Tesouro americano voltaram a subir, penalizando os ativos de risco. Atenção também para a expectativa mais otimista do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia norte-americana. O temor dos investidores é que o Fed demore para cortar os juros.
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