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Após o presidente Lula (PT) não ter passado por Belo Horizonte durante a campanha eleitoral que antecedeu o primeiro turno, dois de seus ministros foram às urnas ao lado de seus candidatos à prefeitura. Na manhã deste domingo, Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos) acompanharam Fuad Noman (PSD) e Rogério Correia (PT), respectivamente.
A posição de estarem com postulantes adversários reflete o cenário do governo federal em relação à eleição na capital mineira. Apesar de o presidente Lula (PT) apoiar formalmente Rogério Correia, outros cinco candidatos são de partidos que pertencem a sua base. A exceção é o bolsonarista Bruno Engler.
Neste contexto, ao longo de toda a campanha, ministros marcaram presença em Belo Horizonte. O dia de ir às urnas não foi diferente. Além de Silveira, Fuad Noman estava acompanhado de seu candidato a vice, Álvaro Damião (União Brasil) e do deputado estadual do PV, que é federado ao PT, Mário Caixa. Durante coletiva na zona eleitoral, no Centro-Sul da capital mineira, Silveira fez votos pela reeleição de Fuad.
— É o único que tem as condições para continuar com interlocução tanto com o governo do estado quanto com o governo federal. É alguém que tem a admiração do presidente Lula e de todos nós — disse o ministro.
Já com Rogério Correia, a ministra Macaé Evaristo também evocou a presença do presidente, junto ao candidato.
— A nossa chapa é comprometida com Belo Horizonte. Tanto Rogério quanto a Bella tem um compromisso muito efetivo com a cidade e temos o melhor programa — afirmou.
Além de disputarem o apoio do presidente, Fuad e Rogério tiveram uma desavença pelo PV, que migrou para o palanque do prefeito sob o discurso de voto útil. Em agenda neste sábado, ao agradecer todos os partidos que estiveram consigo, o petista não citou o PV, que faz parte de sua federação desde 2022.
A migração do PV para Fuad Noman ocorre em meio às pesquisas eleitorais. Enquanto Fuad Noman está empatado tecnicamente em primeiro lugar com Bruno Engler (PL), Rogério Correia passa por uma estagnação. Na última Quaest, ele tem 4% dos votos válidos.