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segunda-feira, outubro 7, 2024

Pesquisas recuperam o crédito. Bom para a democracia

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As pesquisas de intenção de voto são ferramentas amplamente utilizadas no Brasil para prever resultados e entender a dinâmica do eleitorado. No entanto, nos últimos anos, elas não têm sido precisas, ainda que se diga que são a foto de um dado momento.

Um exemplo de como as pesquisas podem falhar foi observado em 2018, quando muitos levantamentos previam uma disputa acirrada entre os candidatos, mas o resultado final trouxe vitória para Jair Bolsonaro. Outra ocasião se deu com o primeiro turno da eleição para governador de São Paulo, em que todas as pesquisas, exceto uma, do Instituto Veritá, davam Tarcísio de Freitas em segundo lugar, mas ele passou em primeiro com folga.

Não à toa, vários órgãos oficiais vêm perdendo credibilidade e agem como aceleradores do que muitos chamam de erosão democrática. Na verdade, é apenas uma resposta social lógica. Se os métodos usados pelas pesquisas se apresentam repetidamente desajustados, tudo que é produzido a partir deles também é descartado. A saída, para evitar o uso populista, é investigar o que está errado e consertar para reconquistar a confiança da população.

Diante dessa situação, aparentemente as coisas mudaram. Os institutos de pesquisa, nos últimos dias, mostravam Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal tecnicamente empatados nos três primeiros lugares, e esse foi justamente o resultado visto. Os três obtiveram votações muito próximas, em linha com o que sugeriam as pesquisas.

A recuperação da confiança nas pesquisas pode ter efeitos profundos tanto na percepção pública quanto na confiança democrática. Quando isso acontece, aumentam a legitimidade e a aceitação dos resultados, pois as sondagens são vistas como ferramenta confiável de medição da opinião pública.

Isso pode reduzir a polarização política e o questionamento de resultados, já que os dados são percebidos como mais representativos e imparciais. Além disso, a recuperação da confiança impacta diretamente o comportamento do eleitor. Pesquisas confiáveis influenciam a formação de opinião, ajudando indecisos a se posicionar de acordo com a tendência de voto, além de motivar maior participação nas eleições, visto que os cidadãos se sentem mais engajados num sistema transparente e legítimo.

Para os partidos e candidatos, a recuperação de credibilidade nas pesquisas oferece dados mais precisos para traçar estratégias de campanha. Com isso, é possível identificar com maior clareza as preferências e necessidades dos eleitores, resultando em campanhas mais focadas e alinhadas às expectativas do público.

A confiança renovada nas pesquisas fortalece as instituições democráticas, tendo em vista que promove um ambiente de maior previsibilidade e estabilidade política. A transparência e a precisão das pesquisas são essenciais para garantir que os resultados sejam aceitos de forma pacífica, preservando a integridade do processo democrático. Isso nos dá esperança de melhora gradual no amanhã.

[Fonte Original]

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