O principal fator para esse resultado foi o superávit do governo central (que inclui União, BC e Previdência) de R$ 39,1 bilhões no mês. O déficit menor nos governos regionais, em R$ 1,9 bilhões contra R$ 3,9 bilhões em outubro de 2023, também contribuiu.
Já as estatais registraram déficit de R$ 360 milhões em outubro, menor do que os R$ 805 milhões de outubro de 2023.
No acumulado em 12 meses, o setor público consolidado teve déficit de US$ 223,5 bilhões em outubro (1,95% do Produto Interno Bruto). O chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, ressaltou que é a primeira vez que o déficit fica abaixo de 2% do PIB desde novembro de 2023.
Já a conta de juros registrou R$ 111,6 bilhões em outubro deste ano, maior valor para um mês na série histórica do BC iniciada em dezembro de 2001. Em outubro de 2023, o resultado tinha sido de R$ 61,9 bilhões.
Rocha explicou que as operações com swaps cambiais e a diferença de dias úteis entre os dois meses são os principais responsáveis para a diferença interanual. Segundo o chefe do departamento, quando há uma perda para o BC nas operações de swaps, isso é associado ao aumento nas despesas com juros.
“O que a gente pode ver na comparação interanual é que o Banco Central teve ganhos com swaps de R$ 1,8 bilhão em outubro de 2023, ou seja, sem esse ganho, a conta de juros seria maior naquele mês. No mês de outubro de 2024, em função da depreciação cambial de 6%, o Banco Central teve perda com swaps de R$ 30,3 bilhões”, disse Rocha.