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O bitcoin, criptomoeda que está sendo fortemente impulsionada pela vitória de Donald Trump, acaba de atingir uma nova máxima histórica em dólares neste domingo (10): US$ 80 mil (R$ 456 mil).
O motivo para a alta está na expectativa de que o segundo governo de Donald Trump seja marcado por um forte avanço no uso de criptomoedas de forma institucional.
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Em um de seus discursos, Trump chegou a afirmar que gostaria de transformar os Estados Unidos na capital mundial das criptomoedas. Vale lembrar que o republicano tem ao seu lado Elon Musk, ávido entusiasta do mundo cripto, e outros bilionários do setor.
Desde a semana passada, a criptomoeda acumula ganhos na casa dos 20% em dólar.
O que empurra o bitcoin?
Além de questões macroeconômicas — como queda dos juros americanos e a incerteza sobre o impacto fiscal do próximo governo (o que tende a desvalorizar o dólar) —, os investidores também estão de olho na possibilidade de uma reserva nacional feita de bitcoin. Se a promessa de campanha se cumprir, a medida colocaria a maior criptomoeda do mundo em um “novo patamar”.
O Bitcoin Act, apresentado pela senadora dos Cynthia Lummis neste ano, propõe a criação de uma reserva estratégica de bitcoin para reduzir a crescente dívida nacional dos EUA, que se aproxima de US$ 36 trilhões (R$ 205 trilhões), comprando 1 milhão de bitcoins ao longo de cinco anos. Ao longo da campanha, Trump endossou o seu apoio a uma reserva do tipo.
A ideia inicial de Trump é iniciar a reserva com criptomoedas que foram apreendidas de criminosos. Hoje, os EUA possuem pouco mais de 200 mil bitcoins, avaliados em cerca de US$ 15 bilhões (R$ 85,5 bilhões). O valor é suficiente para colocar o país como o segundo maior governamental de bitcoin, atrás apenas da China.
Segundo Fabricio Tota, diretor do MB, a proposta é complexa de ser realizada. “O mais viável seria começar com o famoso “HODL”, mantendo posições de bitcoin oriundas de apreensões criminais em vez de liquidá-las. Nos EUA, a política é feita de negociações, e nem todo o Congresso compartilha a visão de “liberdade cripto” que o mercado idealiza”.
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Apesar de ver a agenda cripto beneficiada no curto prazo, o executivo credita que empresas e investidores precisam permanecer atentos. Se as promessas de Trump avançarem em conjunto com uma política econômica responsável, a tendência é que o mercado se fortaleça. “Agora, se o cenário for marcado por gastos desenfreados e inflação descontrolada, uma pressão regulatória menor talvez não seja suficiente para sustentar o mercado cripto no médio prazo”, conclui.