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Sem pacote fiscal para repercutir, o desempenho do Ibovespa ficou por conta do noticiário corporativo. Nesta sexta-feira (22), foi a Petrobras a responsável pelo dia de ganhos da bolsa brasileira.
Ontem a noite, a estatal anunciou os tão aguardados dividendos extraordinários e o detalhamento do seu planejamento estratégico para os próximos quatro anos.
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Na máxima do dia, as ações PETR3 e PETR4 chegaram a subir mais de 6%, mas fecharam com ganhos na faixa dos 4%. Já o Ibovespa avançou 1,74%, aos 129.125 pontos.
Na semana, o principal índice da bolsa brasileira avançou 1,04%, quebrando uma sequência de cinco quedas semanais consecutivas.
O dólar à vista fechou praticamente estável, com leve alta de 0,04%, cotado a R$ 5,8143. Na semana a divisa acumulou alta de 0,49%.
Fortalecimento do dólar
Uma das razões por trás do fortalecimento do dólar hoje foram números da atividade econômica dos Estados Unidos.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto dos EUA, que acompanha os setores de manufatura e serviços, aumentou para 55,3 neste mês. Esse foi o nível mais alto desde abril de 2022 e seguiu-se a uma leitura de 54,1 em outubro, com o setor de serviços provando a maior parte do aumento.
Uma atividade econômica mais forte acaba favorecendo a moeda americana. A expectativa pelo anúncio do pacote fiscal na noite desta sexta-feira (22) por parte do mercado deve ser repercutido na semana que vem.
Petrobras puxa desempenho
O bom desempenho da Petrobras foi uma reação aos dividendos anunciados e ao seu novo planejamento estratégico para os próximos anos.
O conselho da companhia aprovou o pagamento de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários aos acionistas — R$ 15,6 bilhões como dividendos intermediários e R$ 4,4 bilhões como dividendos intercalares.
Com relação ao plano estratégico, o documento prevê investimentos de US$ 111 bilhões nos próximos 4 anos, um número próximo do que havia sido anteriormente ventilado pelo mercado. O temor era de que a companhia expandisse a sua atuação em setores considerados não estratégicos para a estatal, minando o potencial de dividendos.