O Bitcoin (BTC) passou por uma de suas maiores valorizações nas últimas semanas, subindo de menos de US$ 70 mil para quase US$ 100 mil desde as eleições nos Estados Unidos. Contudo, após acumular um ganho superior a US$ 30 mil em menos de um mês, o ativo enfrentou uma correção, com seu preço recuando mais de US$ 6 mil em poucas horas nesta segunda-feira (26).
Por que o Bitcoin caiu?
Após atingir US$ 99 mil, o Bitcoin sofreu um movimento de venda que foi atribuído, em parte, à realização de lucros por investidores de curto prazo. De acordo com a CryptoQuant, esses investidores aproveitaram a alta de 40-50% em seus ativos contra o dólar para vender. Mas a empresa ressaltou que essa realização de lucros pode não ter chegado ao fim ainda:
“Isso sugere que a pressão de realização de lucro não atingiu o pico, deixando espaço para mais movimento ascendente no preço.”
Essa realização de lucros, somada ao aumento do sentimento de “medo de perder” (FOMO) e ao índice de medo e ganância posicionado em território de ganância extrema, gerou alertas para uma possível correção no curto prazo.
Analistas também apontaram que a correção não é incomum após períodos de forte valorização. Nesse sentido, eles destacaram que ciclos anteriores de alta do Bitcoin apresentaram quedas ainda mais intensas.
Dados on-chain sugerem continuidade do ciclo de alta
Embora a correção atual tenha despertado preocupações, dados on-chain indicam que o mercado de alta ainda está ativo. De acordo com os analistas da CryptoQuant, o recuo tem relação com o superaquecimento no uso de alavancagem. Eles ressaltaram que correções de até 20% são “fenômenos naturais” dentro de um mercado em alta.
Além disso, outras métricas apontam que o Bitcoin ainda não alcançou o pico deste ciclo. O indicador de SOPR de curto prazo, por exemplo, que saltou para 1,1 em 21 de novembro, sugere que investidores de curto prazo estão realizando lucros, algo que historicamente precede recuperações.
Acumulação por grandes investidores
Enquanto investidores de curto prazo liquidam posições, baleias continuam acumulando Bitcoin. De nacordo com dados da Lookonchain, cinco carteiras recém-criadas retiraram aproximadamente US$ 86,4 milhões em Bitcoin da Binance antes mesmo da correção.
Além disso, a MicroStrategy, comandada por Michael Saylor, anunciou a aquisição de quase US$ 5,5 bilhões em Bitcoin, elevando suas reservas para cerca de 387 mil BTC.
Essa movimentação de grandes investidores reforça o otimismo de longo prazo no mercado, mesmo em meio às recentes flutuações de preço do Bitcoin.