O Bitcoin continuou seu movimento de alta nesta segunda, 11, com mais de 10% de valorização, superando, pela primeira vez na história, a marca de R$ 500 mil
Segundo Alexandre Nolde, Head de Marketing do Allintra, ao contrário de outros momentos de alta do Bitcoin, desta vez, há uma situação diferente, com uma mudança de percepção de que o BTC pode realmente ser uma proteção contra movimentos inflacionários.
“Essa mudança de percepção, impulsionada pela busca por proteção contra a inflação e pela diversificação de portfólio, é um divisor de águas. E não são só as instituições, grandes empresas como a MicroStrategy continuam apostando forte no Bitcoin. O Michael Saylor virou um evangelizador do Bitcoin, e essa narrativa do “ouro digital” está ganhando cada vez mais força. A escassez programada do Bitcoin o torna um ativo extremamente atraente em um cenário macroeconômico tão incerto”, disse.
Outro ponto que anima o executivo é a crescente adoção do Bitcoin em países com instabilidade política e econômica, “estamos presenciando o início de um novo bull market, com um futuro promissor para o Bitcoin. Quem souber aproveitar as oportunidades e navegar com inteligência nesse mar de volatilidade tem tudo para colher bons frutos”, aponta.
Já Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que apesar da alta, os investidores precisam ficar de olho nas taxas de financiamento, que estão na casa de 0,02% e, em alguns casos, 0,05%. Neste caso, segundo ele, o investidor comprador está em maior número e potencialmente mais alavancado do que os vendedores.
“É importante ter esta informação em mente, pois com dados de inflação norte-americana a serem divulgados esta semana, uma oscilação brusca de pode acontecer no curto prazo, por conta de uma possível alavancagem excessiva nos derivativos”, destaca.
Bitcoin rumo a US$ 100 mil
Matias Part, analista da Bitget, destaca que a 50 dias de terminar o ano, a possibilidade de que o Bitcoin alcance os US$ 100 mil é mais realista do que nunca. Com o BTC registrando novos recordes históricos, o impulso de alta é sustentado tanto pelo interesse institucional quanto pelo contexto de inflação e pela crescente adoção de criptomoedas.
Ele afirma que embora as correções sejam parte de sua natureza volátil, o mercado mostra sinais de acumulação. Nesse cenário, os US$ 100 mil até o final do ano já não parecem um sonho inalcançável, mas sim uma possibilidade que o mercado está levando a sério.
“A recente alta do Bitcoin, superando os US$ 88 mil, marcou um novo recorde histórico, alimentando expectativas de alcançar os US$ 100 mil nos próximos meses ou semanas. Vários fatores apoiam essa projeção. Por um lado, o crescente interesse institucional e os ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos atraíram fluxos significativos, com projeções de que essa demanda aumentará no curto prazo, especialmente diante da perspectiva de uma adoção mais regulamentada de criptoativos no mercado financeiro”, disse.
Ainda segundo ele, dados on-chain revelam uma diminuição de BTC nas exchanges, o que indica que muitos holders estão mantendo seus ativos, limitando a oferta e contribuindo para pressões de alta. Tecnicamente, o rompimento da média móvel de 200 dias tem sido um sinal positivo, pois em ciclos anteriores do BTC, esse nível precedeu tendências de alta de grande escala. Alguns modelos preveem um potencial de crescimento para US$ 130 mil até o final de 2024.
“Apesar do otimismo, algumas incertezas persistem. Fatores macroeconômicos, como possíveis mudanças nas políticas do Federal Reserve dos EUA, e a volatilidade intrínseca do mercado cripto são elementos que podem influenciar fortemente a trajetória do Bitcoin”, afirma.
Olhando para os gráficos, o analista do Cointelegraph, Rakesh Upadhyay destaca que a alta acima de US$ 85 mil empurrou o índice de força relativa (RSI) para o território de sobrecompra, sugerindo que o par BTC/USDT pode em breve entrar em uma pequena correção ou consolidação.
“O suporte no lado negativo está em US$ 80.000 e depois em US$ 77.000. Um recuo superficial melhorará as perspectivas de um rali para a meta padrão de US$ 93.554.