A semana do Natal é marcada por uma menor liquidez do mercado, mas nem por isso as incertezas com relação ao fiscal deram trégua. A segunda-feira (23) foi de queda para o Ibovespa e alta do dólar.
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Com um volume financeiro de R$ 17,8 bilhões, o Ibovespa terminou o dia em queda de 1,09%, aos 120.766 pontos. Em um dia de alta do dólar em escala global, a moeda americana interrompeu a sua sequência de duas quedas consecutivas e voltou a subir. O dólar à vista foi a R$ 6,1850, alta de 1,88%. No ano, a alta é de 27,5%.
Na quinta e na sexta-feira, o dólar teve perdas firmes ante o real em meio ao andamento do pacote fiscal no Congresso, com o mercado reagindo ainda a declarações consideradas positivas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas nesta segunda os receios em torno do pacote voltaram a impactar tanto os DIs (Depósitos Interfinanceiros) quanto o câmbio, mesmo que não houvesse novidades no noticiário fiscal, já que o Congresso estará em recesso até fevereiro.
Além disso, hoje o Banco Central não realizou leilões no mercado à vista como vinha sendo frequente na última semana. Assim, não restaram motivos para um alívio na cotação.
“Em meio ao risco fiscal, juros e dólar em alta, as ações cíclicas puxam as perdas no Ibovespa. Destaque para Azul com queda de mais 7%, por conta dos juros alto e do dólar pressionando os custos de leasing das aeronaves e dos combustíveis”, aponta Idean Alves, planejador financeiro e especialista em mercado de capitais.
Um dos destaques positivos foi a Hypera Pharma. A EMS, que havia tentado uma fusão com concorrente há cerca de dois meses, abocanhou uma fatia de 6% na empresa. Na época, a Hypera rejeitou a proposta. Os investidores veem com bons olhos a fusão.