A Força Aérea de Israel está investigando falhas na interceptação de um ataque com um míssil balístico realizado pelos rebeldes houthis do Iêmen, que feriu 16 pessoas em Tel Aviv neste sábado (21).
Segundo informações do jornal The Times of Israel, uma investigação preliminar apontou que vários tipos de mísseis interceptadores foram lançados contra o projétil disparado pelos terroristas, mas não conseguiram interceptá-lo. O míssil atingiu um parque em Tel Aviv, causando danos a casas próximas e ferindo 16 pessoas.
Entretanto, numa mensagem no X, um dos líderes houthis, Hezam al-Asad, alegou que Israel estaria tentando esconder que os estragos foram bem maiores. “A falha de todos os sistemas de defesa israelenses significa que o coração do inimigo sionista não está mais seguro”, afirmou.
“O inimigo está tentando minimizar suas perdas na imprensa para manter sua posição militar e o moral de seus colonos [na Cisjordânia]. Ele retrata as áreas onde os mísseis interceptadores caíram como alvos atingidos pelos [nossos] mísseis”, afirmou Asad.
A admissão de Israel de que os sistemas de defesa falharam causa preocupação, num momento de escalada das hostilidades com os rebeldes, apoiados pelo Irã.
A partir do início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, os houthis começaram a atacar embarcações de Israel e aliados no Mar Vermelho e no Golfo de Aden e depois passaram a bombardear diretamente o território israelense.
Israel vem respondendo a essas agressões: na quinta-feira (19), realizou ataques aéreos contra a capital do Iêmen, Sanaa, controlada pelos houthis, e a cidade portuária de Hodeida, em retaliação ao disparo de um míssil, que foi interceptado, mas cujos destroços atingiram uma escola em Ramat Gan, na região central de Israel. Não houve feridos neste ataque houthi.