A maior coalizão da oposição da Venezuela — a Plataforma Unitária Democrática (PUD) — exigiu neste sábado a libertação imediata do chefe do comando da campanha do antichavismo no estado de Miranda, no norte do país, Noel Álvarez, que foi preso na sexta-feira.
Em uma postagem da rede social X, o bloco opositor denunciou que o também ex-presidente da Fedecámaras, a maior associação patronal venezuelana, está “detido arbitrariamente há mais de 24 horas”.
“Exigimos sua libertação imediata, assim como de todos os presos políticos. Estar envolvido em política não é crime e não há razão para que permaneçam atrás das grades”, declarou a PUD.
Na sexta-feira, o Comitê de Direitos Humanos do partido Vente Venezuela (VV) – liderado pela ex-deputada María Corina Machado – disse que Álvarez foi detido por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) e culpou o “regime” de Nicolás Maduro por “tudo o que acontecer com sua integridade física”.
Segundo o comité, 194 dirigentes e ativistas da oposição estão detidos – a maioria deles colaboradores do PUD e dos líderes antichavistas Machado e Edmundo González Urrutia -, muitos deles presos depois das eleições de julho do ano passado, quando eclodiu uma crise política devido à polêmica vitória de Maduro, confirmada pelo órgão eleitoral controlado pelo chavismo.
Os partidos da oposição alertaram para o aumento das “perseguições” e das “prisões arbitrárias” por parte do “regime” de Maduro, que tomou posse na sexta-feira para um terceiro mandato consecutivo de seis anos no poder, com o qual, segundo o PUD, o líder chavista realizou um “golpe de Estado”.
A coalizão opositora reivindica a vitória de seu candidato, González Urrutia, que disse na sexta-feira que está “muito próximo” de seu país, “pronto para uma entrada segura”.