O novo prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), tomou posse na noite desta quarta-feira (1º). À frente da cidade mais populosa do Nordeste, ele faz o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltar a ter um prefeito de capital — a única comandada por um petista em todo o país. No discurso, Leitão exaltou Lula e o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), ex-governador do Ceará.
— Em primeiro lugar, (agradecer) o nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o maior presidente da história deste país. O nosso amigo Camilo Santana, ex-governador e atual ministro da Educação, líder que me encoraja diariamente com seu exemplo de retidão e obstinação em bem cumprir as missões que lhe são demandadas — disse.
Depois, o prefeito saudou ainda o governador Elmano de Freitas (PT), classificado como “amigo” e “companheiro de plenário e de vida”, e a bancada cearense no Congresso.
A primeira fala de Leitão como comandante da cidade teve tom conciliador. Aos vereadores, prometeu “portas abertas para qualquer um, independentemente de filiação partidária ou campo político”.
A posse em Fortaleza foi prestigiada por nomes relevantes da política nacional, como o líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), e o deputado Eunício Oliveira (MDB-CE), ex-presidente do Senado.
Junto com Camilo e Elmano, Guimarães foi importante para emplacar a candidatura de Leitão internamente no PT. Ele disputou o processo partidário contra nomes com mais história nas fileiras da sigla.
Ex-presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Leitão era do PDT até o fim de 2023, mas, na esteira de uma crise no partido que culminou até no racha entre os irmãos Ciro e Cid Gomes, migrou para o PT. Ele sempre foi considerado aliado do senador Cid, que hoje está no PSB e não foi mencionado no discurso de posse, depois de uma participação mais fria na campanha. Além do envolvimento na política partidária, o prefeito foi presidente do Ceará Sporting Club.
A eleição em Fortaleza foi uma das mais acirradas do ano passado. Todas as pesquisas do segundo turno indicavam empate dentro da margem de erro entre Leitão e o bolsonarista André Fernandes (PL). Nas urnas, o petista ficou com 50,4% dos votos válidos, o que significou uma diferença de menos de 11 mil votos para o adversário.