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quarta-feira, fevereiro 5, 2025

BC vai elevar Selic em 0,50 ponto em maio, segundo 51% dos entrevistados em questionário pré-Copom

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Os resultados do Questionário Pré-Copom (QPC) mostram que 51% dos respondentes acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai elevar a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.) na reunião de maio, enquanto 34% projetam uma elevação de 0,75 p.p.

O comitê não fez sinalizações para a reunião de maio e afirmou que a decisão dependerá da evolução da dinâmica da inflação.

Caso o Copom eleve a Selic em 0,50 p.p. em maio, após realizar a elevação já sinalizada de 1 p.p. na de março, a Selic chegaria a 14,75% ao ano. Já com a elevação de 0,75 p.p., a taxa básica de juros atingiria 15% ao ano.

O QPC ainda mostra que outros 6% dos respondentes apontam que que o colegiado subirá a taxa de juros em 1 p.p, 3% acreditam que a alta será de 0,25 p.p. e outros 5% que o Copom não fará alterações na Selic.

O QPC é enviado a participantes do mercado pelo Banco Central (BC) na penúltima sexta-feira antes de uma reunião do Copom. As informações coletadas são utilizadas pelo colegiado como um dos insumos para a discussão de política monetária.

Já questionados sobre o que o Copom deveria fazer, 39% responderam que a alta deveria ser de 0,50 p.p. em maio, outros 30%, que a alta precisa ser de 0,75 p.p, e 18%, que o Copom deveria subir a Selic em 1 p.p. Outros 10% ainda responderam que o colegiado deveria manter o patamar da Selic e 2% que a alta deveria ser de 0,25 p.p.

Para a próxima reunião, agendada para março, o Copom já sinalizou que fará uma alta de 1 ponto percentual (p.p.). Segundo o QPC, 98% acreditam que o colegiado fará essa alta enquanto 90% apontam que ela deveria ser feita.

A mediana das projeções dos respondentes do QPC para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 5,34% este ano e 4,33% em 2026. Já a mediana de projeções para a Selic é de 15% ao ano em 2025 e 12,50% ao ano em 2026.

Para as projeções de 2025, os respondentes avaliam que o risco de alta para o seu cenário central de inflação é de 82%, enquanto 17% veem riscos equilibrados e 2% apontam riscos de baixa. Já para 2026, 67% apontam riscos de alta, 30% equilibrados e 2% de baixa.

A inflação de serviços foi destacada na ata do Copom como um dos pontos que tem impactado no cenário de inflação. No QPC, os respondentes projetam a inflação de serviços subjacentes caindo nos próximos meses. A mediana das projeções para janeiro é de 0,71%, para fevereiro, 0,60%, para março, 0,50% e para abril, 0,45%.

A mediana das projeções para o PIB é de 3,5% em 2024 e 2% em 2025. Questionados sobre o viés preponderante nos seus cenários centrais, 72% disseram riscos equilibrados, 22%, riscos de alta, e 7%, riscos de baixa para as projeções para 2024. Para este ano, 47% veem riscos de baixa, 39% equilibrados e 15% de alta.

O QPC também pediu que os respondentes apresentassem suas projeções para as estatísticas fiscais. Para 2026, a mediana de projeções foi de déficit primário de R$ 86 bilhões e que a dívida bruta do governo geral chegaria a 85,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Já quando questionados sobre a evolução da situação fiscal desde o Copom de dezembro, 31% responderam que piorou, 64% não viram mudanças relevantes e 4% afirmaram que houve melhora.

O QCP coletou projeções para indicadores do mercado de trabalho e a mediana das projeções de taxa de desemprego no fim de 2025 é de 6,8%. Em novembro, a mediana do QPC era de 7%.

— Foto: Jorge William/Agência O Globo

[Fonte Original]

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