O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enalteceu, neste sábado (8), a libertação de três reféns israelenses na Faixa de Gaza, mas advertiu que as imagens da ocasião, nas quais eles aparecem claramente desnutridos, “não ficarão sem resposta”.
Os três israelenses liberados neste sábado (8) , Ohad Ben Ami, Eli Sharabi e Or Levy, pareciam muito magros, com aparência séria e envelhecida após mais de um ano em cativeiro em Gaza, quando foram levados a um palco por combatentes do Hamas antes de serem entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Em seguida, foram entregues às Forças de Defesa de Israel (IDF), e seguiram para uma base no sul do país, onde passarão por um exame médico inicial e se reunirão com suas famílias, antes de serem levados ao hospital.
Em uma mensagem posterior, o gabinete do premiê comunicou que Netanyahu ordenou “medidas proporcionais” à “situação dos três sequestrados e às repetidas violações do Hamas”.
O presidente israelense, Isaac Herzog, também comentou sobre as imagens.
“É assim que se parece um crime contra a humanidade”, disse ele em comunicado, no qual incentivou todos a “olhar diretamente” para os três reféns liberados.
Herzog exaltou a luta das famílias dos sequestrados israelenses para trazê-los de volta para casa e insistiu que a conclusão de todas as fases do acordo de cessar-fogo com o Hamas “é um dever humanitário, moral e judaico”.
Desde o início do cessar-fogo em Gaza, 16 israelenses e cinco tailandeses sequestrados foram liberados em troca de mais 500 prisioneiros palestinos.
Em troca dos israelenses libertos neste sábado, 183 prisioneiros palestinos e detidos em prisões israelenses serão liberados, incluindo 111 habitantes de Gaza que foram presos no enclave após os ataques de 7 de outubro de 2023.