A procuradora interina dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, Danielle Sassoon, do Partido Republicano, renunciou ao cargo nesta quinta-feira (13), depois que o governo do presidente Donald Trump determinou que sejam retiradas as acusações federais de corrupção contra o prefeito de Nova York, o democrata Eric Adams.
Segundo informações da agência Reuters, o procurador-geral adjunto interino Emil Bove, do Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) da gestão Trump, disse num memorando enviado no início desta semana que o processo deveria ser arquivado porque estava impedindo Adams de colaborar com as políticas de combate à imigração ilegal do republicano.
O DOJ e a defesa de Adams ainda não se pronunciaram sobre a renúncia de Sassoon. De acordo com a CNN, na carta na qual anunciou sua saída, a procuradora não citou razões para a renúncia.
Adams foi indiciado em setembro do ano passado por cinco acusações de recebimento de propina, fraude e solicitação de doações ilegais de campanha do exterior. A Justiça Federal dos Estados Unidos marcou para 21 de abril o início do julgamento do prefeito.
Durante a campanha presidencial, Trump sugeriu que Adams estaria sendo perseguido devido às suas críticas à imigração ilegal nos Estados Unidos – o prefeito denunciou nos últimos dois anos que Nova York estava sobrecarregada com a chegada de imigrantes.
Em outubro, num evento de caridade católico em Manhattan, Trump se dirigiu a Adams e alegou que, assim como ele, seria perseguido por processos do DOJ da gestão do então presidente democrata Joe Biden.
“Eu sei como é ser perseguido pelo DOJ por falar contra fronteiras abertas”, disse Trump na ocasião. “Fomos perseguidos, Eric. Eu fui perseguido, e você também, Eric.”