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sexta-feira, março 14, 2025

André Mendonça prorroga inquérito contra Silvio Almeida

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O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (17) prorrogar por mais 60 dias o inquérito que apura as acusações de assédio moral e sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida. O caso tramita sob sigilo no STF.

A prorrogação do inquérito atende a um pedido da PF, que agora irá colher o depoimento do próprio Almeida em data a ser definida.

O inquérito foi aberto em setembro do ano passado, quando vieram à tona uma série de denúncias de assédio sexual e moral contra Almeida.

Ele acabou demitido por decisão do presidente Lula após o caso ser revelado pelo colunista Guilherme Amado, no site Metrópoles – ainda que as acusações já fossem de conhecimento da primeira-dama, Janja, e de vários outros ministros palacianos havia meses.

Fontes que acompanham de perto a investigação afirmaram ao blog que as acusações que pesam contra Almeida são graves, seja pelo depoimento das vítimas quanto pelo nível de detalhamento trazido pelas vítimas.

Conforme informou o blog, a PF já colheu o depoimento das mulheres que afirmam ter sofrido assédio e importunação sexual por parte do ex-ministro já foram ouvidas – incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

A expectativa é a de que o ex-ministro seja indiciado pela PF em breve, a menos que o ex-ministro traga alguma prova ou fato novo.

Apesar de ter determinado a abertura de um inquérito para apurar as acusações contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, André Mendonça é contra a ampliação do foro privilegiado para ex-ocupantes de cargos públicos. O ministro votou assim em julgamento retomado em setembro do ano passado no plenário virtual do STF.

O STF já tem maioria de seis votos (são 11 ministros) a favor da ampliação do foro. Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, consideram que o foro deve valer para casos que envolvam uma autoridade que é investigada por crimes cometidos no exercício do mandato e em razão do cargo, mesmo quando ela já deixou o posto – como é o caso de Silvio Almeida.

A análise do tema, no entanto, foi interrompida em setembro do ano passado pelo ministro Kassio Nunes Marques. Até agora, só Edson Fachin concorda com André Mendonça.

No caso de Silvio Almeida, Mendonça se curvou ao entendimento da maioria do STF, para evitar o chamado “elevador processual” – mandar o processo para a primeira instância e depois a investigação ter de retornar ao Supremo com base no entendimento da maioria.

Procurada, a defesa de Almeida não se manifestou.

[Fonte Original]

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