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sexta-feira, março 14, 2025

Prefeitura oferece oportunidades para empreendedores de tecnologia e sustentabilidade com aportes de até R$ 50 mil

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A ideia de conectar jovens da periferia à tecnologia partiu dos amigos Tauan Matos e Diogo Bezerra durante a pandemia, em 2020, quando criaram a Mais1Code. “No começo, o que fazíamos era basicamente um apadrinhamento: conectávamos um aluno a um mentor, que doava seu tempo para ensinar programação”, lembra Tauan. Porém, a notícia da escola gratuita se espalhou e, rapidamente, atraiu centenas de interessados. “Foi aí que surgiu a oportunidade de participar do Programa de Valorização de Iniciativas Tecnológicas (Vai Tec), da Prefeitura de São Paulo, que mudou nossa história”, conta.

O projeto, realizado há 10 anos por meio da Agência São Paulo de Desenvolvimento (Ade Sampa), seleciona 25 empreendimentos para participarem de uma de aceleração de seis meses, cujo aporte financeiro para essa edição será de R$ 50 mil para cada negócio.

“Na época, muito além do valor em dinheiro que recebemos, tivemos muito aprendizado sobre o negócio. E isso não tem preço. Conseguimos nos estruturar e nos sentimos prontos para voar”, comenta o cofundador da Mais1Code, que esteve no Web Summit Lisboa e recebeu reconhecimento internacional.

O Vai Tec oferece oficinas de capacitação, mentorias individuais e personalizadas, encontros de conexão e fortalecimento de rede de contatos, além da possibilidade de participação em eventos nacionais e internacionais.

Ainda dentro do programa há outra iniciativa que contempla propostas de soluções em economia verde. O Green Sampa, que chega à sexta edição, também seleciona 25 empresas para um processo de aceleração de seis meses e oferece aporte de R$ 45 mil – além de reuniões, mentorias individuais, possibilidade de participação em eventos do setor de negócios socioambientais e residência no Hub Green Sampa.

Green Sampa acelera 25 startups de economia verde com incentivo e mentorias — Foto: Ade Sampa/Divulgação

O objetivo é estimular os empreendimentos inovadores sustentáveis, geridos por jovens de regiões menos privilegiadas da cidade de São Paulo, que utilizem a tecnologia como parte essencial do modelo de negócio, como em produtos e serviços pensados para atender aos setores de economia verde e sustentabilidade.

Foi o caso da Infinito Mare, cleantech acelerada pelo programa em 2024. “Passamos por um amadurecimento incalculável, conquistamos aporte de investidor, redesenhamos processos, fizemos conexões e contamos com um apoio muito rico para traçar estratégias e conduzir desafios”, lista o CEO, Bruno Libardoni. E a sócia, Luciana Batista, complementa: “As conexões são muito valiosas. Nosso contato com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho nos levou à Confederação Brasileira de Vela (CBVela), com a qual fizemos uma parceria para promover a Caravela, nossa tecnologia de despoluição de águas, inspirada em barcos”.

A proposta dos programas é uma via de mão dupla, buscando não apenas apoiar os empreendedores, mas também impulsionar o desenvolvimento local. “O Vai Tec é uma ponte essencial que a Prefeitura de São Paulo cria para jovens transformarem ideias inovadoras em negócios de impacto, conectando tecnologia, criatividade e desenvolvimento local”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Rodrigo Goulart.

Segundo ele, investir em startups tecnológicas nas periferias não é apenas uma estratégia econômica, mas um compromisso com a inclusão social e a redução das desigualdades. “Esses programas fortalecem a economia da cidade ao mesmo tempo em que ampliam oportunidades nas regiões mais vulneráveis, reafirmando o papel de São Paulo como referência em inovação e sustentabilidade”, destaca.

O Programa Vai Tec é voltado para pessoas físicas ou jurídicas, organizadas obrigatoriamente com dois residentes no município de São Paulo há pelo menos dois anos.

O empreendimento inscrito deve ter um modelo de negócio em fase de validação junto aos clientes, com comprovado potencial de viabilidade técnica e econômica, e utilizar tecnologia, vinculada à área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), como elemento central do modelo de atuação.

Os projetos precisam operar nos eixos de IA para Soluções em Saúde, Urbanismo, Mobilidade e Educação; Sistemas ou Softwares de Gestão; Desenvolvimento de Aplicativos e/ou Plataformas Inovadoras; Cibersegurança e Privacidade de Dados; Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV) para Experiências Imersivas; Blockchain e Tecnologias Distribuídas.

Já o processo no Green Sampa exige que o empreendimento proponha soluções em economia verde dentro dos eixos: qualidade do ar; resíduos sólidos; eficiência energética, energia limpa, armazenamento energético e clean web; mobilidade urbana e transporte; e qualidade de água e saneamento.

As inscrições no Vai Tec (www.adesampa.com.br/vaitec) para os negócios de tecnologia ficam abertas até 20 de fevereiro, e as do Green Sampa (www.adesampa.com.br/greensampa) se encerram em 17 de fevereiro no site.

[Fonte Original]

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