Mas problemas com o sistema de propulsão da Starliner durante seu voo para a ISS atrasaram o que se esperava que fosse uma estadia de oito dias. A Nasa considerou muito arriscado para os astronautas voltarem para casa na nave da Boeing, o que levou ao plano atual de trazê-los para casa em uma cápsula da SpaceX.
A situação também se envolveu com política, pois o presidente Donald Trump e seu conselheiro Elon Musk, presidente-executivo da SpaceX, alegam, sem provas, que o presidente norte-americano, Joe Biden, deixou “Butch e Suni” na estação por motivos políticos.
“Viemos preparados para ficar muito tempo, embora tenhamos planejado ficar pouco tempo”, disse Wilmore, acrescentando que, do seu ponto de vista, a política não desempenhou nenhum papel na decisão da Nasa de mantê-los na ISS até a chegada da Crew-10.
“É disso que se trata o programa de voos espaciais humanos: planejar para contingências desconhecidas e inesperadas, e nós fizemos isso”, disse ele.
A dupla de astronautas tem feito pesquisas científicas e manutenção de rotina com os outros astronautas da estação espacial, e permaneceu em segurança, disse a Nasa.
As exigências de Trump e Musk para um retorno antecipado foram uma intervenção incomum nas operações de voos espaciais humanos da Nasa. Anteriormente, a missão tinha como data-alvo o dia 26 de março, mas a Nasa trocou uma cápsula atrasada da SpaceX por outra que ficaria pronta mais cedo.