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sábado, maio 17, 2025

Mãe de marido: Freud e o casamento cis-heteromonogâmico – Revista Cult

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Figura de cerâmica de mulher com criança do século 20, do povo indígena Karajá (Markus Garscha/Acervo Do Museu Antropológico Da Ufg

 

Nos últimos anos, o debate em torno da maternidade tem ganhado maior espaço na via pública, em termos tanto de reflexividade crítica quanto de diretrizes prescritivas sobre como a maternidade deveria ser exercida –, e em última instância, sobre como uma mãe deveria se portar. Há movimentos que, de alguma forma, deslocam inicialmente o que se entenderia por “mãe”, como nomeações do tipo “mãe de pet” e “mãe de planta”, e também tentativas outras de fazer com que a categoria esteja cada vez mais restrita e generificada: ou se é “mãe de menina”, ou se é “mãe de menino”. Para além dos embates que disputam essa figura, ampliando os sentidos possíveis, ou especificando uma série de atributos exclusivos dessa categoria, há também litígio em torno do que se entende por família, reprodução, feminilidade e cuidado.

O curioso é como essa figura comumente remetida à reprodução, à gestação, à infância e aos cuidados com os filhos se encontra embaralhada com as expectativas sociais de gênero, a heterossexualidade e o casamento monogâmico. Ao dizermos “mãe”, nos vemos diante de uma série de outros atributos que, a princípio, seriam necessários para compor essa figura. Esse guarda-chuva de atributos supostamente informaria o que é ser mãe. Porém, ele não comporta uma série de idiossincrasias presentes nas maternidades, nem o poderia. Afora as muitas formas de se vivenciar uma maternidade, há também a tentativa de se estabelecer um continuum entre a mulher cis-heterossexual num casamento monogâmico e a m

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