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sexta-feira, abril 25, 2025

Alguns grupos no Brasil conseguiram exceções por meio de subsídios cruzados e perversos, diz Galípolo

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O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira que números recentes da economia brasileira sugerem “que talvez os canais de transmissão da política monetária não funcionem com a mesma fluidez de outros países”. Ele atribuiu isso ao fato de “alguns grupos” no Brasil conseguirem “exceções” por meio de “subsídios cruzados e perversos”.

A afirmação foi feita em sessão em homenagem aos 60 anos da autoridade monetária, realizada na Câmara dos Deputados.“[As exceções são] um tema que perpassa toda a política econômica [no Brasil]”, disse.

Entre os números mencionados por Galípolo, estão o ritmo de queda e o patamar para o qual a taxa de desemprego recuou, além do crescimento do rendimento das famílias. Esses movimentos aconteceram mesmo com a trajetória mais recente de elevação da Selic pelo BC, dificultando o combate à inflação.

“Eventualmente você precisa dar doses maiores do remédio para conseguir o mesmo efeito [no Brasil]”, afirmou. “É óbvio que o Brasil apresentar há algumas décadas taxas de juros elevadas comparativamente aos seus pares é um tema de debate recorrente. [Mas] colocar a questão nesse termo me parece que não toca o problema de maneira adequada”, disse, destacando o impacto das exceções.

O presidente do BC também afirmou que, “para além de discutir com os agentes financeiros, as autoridades monetárias precisam cada vez mais dialogar com um público mais amplo”. Segundo ele, é “legítimo” e “bem-vindo que discussão de política monetária vá ganhando cada vez mais espaço no debate público”.

Galípolo ainda afirmou que a autoridade monetária “atualmente vem demonstrando seu compromisso inabalável na persecução das metas [de inflação] e objetivos previsto em lei e pelo CMN (Conselho Monetário Nacional)”.

Por fim, disse que o objetivo do BC “é fundamentar de forma técnica, imparcial e objetiva cada ação e decisão que toma”.

“Essa é a cultura do BC, essa é a identidade da qualidade dos serviços prestados e dos servidores”, afirmou.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo — Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

[Fonte Original]

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