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sexta-feira, abril 25, 2025

Daniel Noboa, presidente do Equador, é de direita ou de esquerda?

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O atual presidente do Equador, Daniel Noboa, reeleito para mais um mandato presidencial, é considerado um político de centro-direita e possui relações próximas com o presidente americano, Donald Trump, enquanto a candidata derrotada, Luisa González, é definida como de centro-esquerda.

O segundo turno da eleição presidencial do Equador foi realizado nesse último domingo (14), e definiu a vitória do candidato Daniel Nodoa, do partido Ação Democrática Nacional (ADN), após apuração de mais de 85% das urnas.

Trump, com o qual Noboa foi um dos poucos líderes da América Latina que compareceu na sua posse, parabenizou-o em sua rede social, Truth Social. Em publicação, o americano afirma que o equatoriano será “um grande líder para o maravilhoso povo do Equador”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou também Daniel Noboa, em publicação na plataforma X. Lula também declarou que o “Brasil seguirá trabalhando com o Equador na defesa do multilateralismo, pela integração sul-americana e pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia”.

Na mesma rede social, lideranças de outros países como Peru, Chile e República Dominicana, já reconheceram o resultado das eleições.

Em discurso após o resultado das apurações, Luisa não reconheceu a derrota, ao afirmar que houve uma fraude “grotesca”, e pediu recontagem do votos e abertura das urnas. Na plataforma X, a candidata republicou uma postagem do secretário-geral do partido, Andrés Arauz, que divulgou supostas atas de votação sem assinaturas do órgão eleitoral, acusando de ser uma violação das leis equatorianas.

A Organização dos Estados Americanos (OEA), que enviou observadores internacionais para acompanhar o pleito (ao todo foram 485 observadores credenciados) emitiu um comunicado nesta segunda-feira (14) no qual “expressou confiança nos resultados oficiais apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE)”.

Daniel Noboa assumirá mais um mandato presidencial até os primeiros meses de 2029. Noboa assumiu o cargo em 2023 como o presidente mais jovem da história do país (35 anos), após vencer a mesma candidata da Revolução Cidadã em eleições antecipadas, devido à renúncia do ex-presidente Guilherme Lasso, ao ter dissolvido o congresso do Equador e anunciado novas eleições legislativas e para presidente.

Segundo reportagem da revista “The New Yorker” divulgada em 2024, Daniel Noboa considera Lula como o presidente latino americano com quem tem maior alinhamento. Já em relação ao ex-presidente brasileiro Jair Messias Bolsonaro, não há informações públicas sobre a relação entre os dois políticos.

Como foi o governo de Daniel Noboa?

Entre 2023 e 2025, o governo centro-direitista de Noboa foi marcado pela batalha contra o crime organizado, comandada por gangues equatorianas aliadas a cartéis colombianos, mexicanos e albaneses.

Em 2024, o presidente decretou estado de emergência e enviou soldados para os bairros e prisões controladas por líderes de gangues. Neste período, houve uma melhora da taxa homicídios em relação a 2023, o ano mais violento já registrado no país. Porém, nos primeiros dois meses deste ano, foi registrado mais de 1500 homicídios, uma marca inédita em comparação com os mesmos meses de outros anos.

O atual presidente equatoriano também enfrenta desafios na economia. De acordo com uma estimativa do Banco Mundial, Equador está entre os países das Américas com os piores desempenhos econômicos, com contração de 0,7% no PIB do ano passado. Queda na produção de petróleo, quedas nacionais de energia e o aumento da violência são alguns dos motivos que ocasionou esse cenário.

Para o próximo pleito, Noboa promete prosseguir com o combate às organizações criminosas e aplicar medidas econômicas como: redução de despesas do programa nacional de 4,4 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e aumento do envolvimento do setor privado na produção de petróleo.

*Estagiário sob supervisão de Diogo Max

[Fonte Original]

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