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sexta-feira, abril 25, 2025

Ibovespa fecha em baixa após falas de Powell e guerra tarifária entre EUA e China

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O impasse tarifário travado entre Estados Unidos e China voltou a abalar ativos de risco desde o começo da sessão desta quarta-feira, o que teve reflexo direto no Ibovespa. O dia já era negativo para o principal índice da bolsa brasileira quando declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, ajudaram a ampliar a cautela de investidores. No fechamento, o índice encerrou em queda de 0,72%, aos 128.317 pontos, depois de oscilar entre os 128.149 pontos e os 129.605 pontos.

Powell afirmou hoje que as mudanças na política comercial dos Estados Unidos provavelmente irão afastar o banco central americano de suas metas. O presidente do Fed também disse que irá aguardar mais sinais para realizar uma intervenção na política monetária.

A queda de ações de commodities, como Vale e Petrobras, também impediu um desempenho mais positivo do índice na sessão. “O fator crucial é tentar entender o nível de acordo que eles [EUA] vão obter com a China e em qual tempo, mas é óbvio que há uma incerteza muito grande”, avalia o codiretor de gestão da Azimut Brasil Wealth Management, Eduardo Carlier.

“Com o comportamento errático de Trump, os chineses parecem os adultos na sala”, resume Carlier. O executivo explica que a casa zerou a posição na bolsa brasileira há algum tempo e que, recentemente, diminuiu a exposição a ações americanas, aumentando a preferência pela renda fixa. No geral, o profissional da Azimut diz que ainda gosta das perspectivas de médio e longo prazo dos EUA e que o mercado, como um todo, tem que adequar as posições ao tamanho da volatilidade atual.

Entre as blue chips, as ações da Vale foram destaque negativo, com queda de 2,32%. A mineradora apresentou ontem à noite a sua prévia operacional. Em relatório, analistas do BTG ressaltaram que os resultados operacionais foram afetados pela sazonalidade do primeiro trimestre, mas que ainda assim ficaram dentro do esperado. O banco manteve a sua recomendação neutra para os recibos de ações (ADRs) da companhia, com preço-alvo em US$ 11.

Já as ações da Petrobras encerraram em queda: as PN fecharam no zero a zero, enquanto as ON tiveram perdas de 0,87%. Durante o pregão, porém, os papéis da petroleira adotaram movimento misto, com queda das preferenciais e alta das ordinárias, o que pode indicar que houve venda de investidores estrangeiros, segundo um gestor consultado.

O vaivém da política americana de taxação a parceiros comerciais também levou a alterações no percentual de casas que esperam que o Ibovespa possa subir para além dos 140 mil pontos até o fim deste ano. Segundo uma pesquisa feita pelo Bank of America (BofA) com gestores da América Latina, o percentual de gestoras que acreditam que o principal índice da bolsa local pode ultrapassar essa marca caiu de 21%, em março, para 18% neste mês. O estudo foi feito com 32 casas, totalizando cerca de US$ 79 bilhões em ativos sob gestão.

Hoje, o volume financeiro negociado no índice foi de R$ 19,2 bilhões e de R$ 25,1 bilhões na B3. Hoje, a B3 divulgou a segunda prévia da carteira do Ibovespa, que trouxe como novidade a eventual inclusão das ações da Smart Fit (SMFT3). Essa seria mais uma adição em relação ao visto na primeira prévia, quando foram adicionados os papéis da Direcional (DIRR3), ao mesmo tempo em que houve a retirada da Automob (AMOB3) e da Locaweb (LWSA3), o que foi mantido agora. A próxima e última prévia será divulgada no próximo dia 30. A nova carteira irá vigorar entre 5 de maio e 31 de agosto.

Em Wall Street, os índices americanos voltaram a derreter na sessão de hoje: o Nasdaq Composite cedeu 3,07%; o S&P 500 caiu 2,24%; e o Dow Jones teve queda de 1,73%.

[Fonte Original]

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