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terça-feira, abril 29, 2025

Tarcísio diz que Milei mostra caminho para o Brasil na economia

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que o presidente da Argentina, Javier Milei, mostra o caminho que o Brasil deveria seguir na economia e reiterou críticas indiretas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), citando como erros a “opção pelo gasto” e tentativas de induzir o crescimento sob um “modelo mental” obsoleto.

“Eles [Milei e assessores] estão mostrando que há um caminho, e é o caminho que a gente tem que adotar”, afirmou Tarcísio, nesta segunda-feira (28), em evento do Banco Safra. O governador, que exaltou suas medidas para reduzir custos e atrair capital privado, destacou iniciativas do presidente argentino como o corte nos gastos públicos de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em um ano. Ele avaliou que as ações permitiram a queda da inflação, a elevação do fluxo de capital e o controle do câmbio no país vizinho.

Cotado para disputar a Presidência da República em 2026 e capitanear a direita em razão da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio se esquivou de comentar uma eventual candidatura. Ele indica, publicamente, que manterá o plano de tentar a reeleição no Estado. “Falo para o meu time todos os dias: esqueçam a eleição. A gente não tem que pensar em eleição, mas em apresentar resultado. O resto é consequência”, disse, após ser questionado.

Sem mencionar o governo Lula, Tarcísio afirmou sobre o cenário nacional que “o pessoal está querendo operar com um modelo mental de 20 ou 30 anos atrás que não cabe mais”. Ele lembrou o alerta do Fundo Monetário Internacional (FMI) de que a dívida pública do país pode chegar a 92% do PIB neste ano, o que é agravado pelo cenário de taxa de juros a 14,25%, “algo que tem um efeito explosivo ao longo do tempo”.

“Tem um exercício [de controle fiscal] que precisa ser feito e não pode ser deixado para outro governo. Tem-se feito uma opção pelo gasto, uma tentativa de se induzir a economia num determinado caminho que não é bom. É um caminho que vai destruir poupança, provocar migração de capital e não vai nos dar um crescimento sustentável, no potencial que nós podemos ter”, disse.

Tarcísio buscou apresentar sua gestão como um exemplo de segurança jurídica e abertura para o capital privado, em contraste com a “preocupação com o rumo fiscal” expressa por investidores estrangeiros em relação ao Brasil, segundo ele. O governador fez a ressalva, contudo, de que o país tem dado sinais positivos para conquistar o mercado externo, como a reforma tributária, a aprovação de marcos para setores específicos e o estabelecimento de âncoras fiscais.

“Quando você mexe as alavancas corretas, o resultado é extremamente rápido”, declarou ele sobre seu pacote São Paulo na Direção Certa, que busca atrair capital privado e inclui ações como reforma administrativa, privatização da Sabesp e uma série de concessões. Segundo Tarcísio, o enxugamento do custeio fará com que o Estado possa investir neste ano 14% de sua receita corrente líquida, muito acima da taxa de 3% que ele disse vigorar até alguns anos atrás. “O investimento vai tocar a casa de 1 tri [R$ 1 trilhão] nos próximos anos”, projetou.

Ele também defendeu medidas como a revisão de benefícios fiscais, a reformulação de programas sociais buscando ofertar uma porta de saída para os beneficiários e a desindexação de alguns gastos obrigatórios — a gestão estadual conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa a flexibilização das despesas com educação para destinar percentual 5% maior à saúde. “A fórmula é conhecida. É saber que isso tem um custo político, mas isso garante futuro, prosperidade”, disse.

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em evento do Banco Safra, na capital paulista — Foto: Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP

[Fonte Original]

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