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sexta-feira, abril 25, 2025

Volume de ofertas no 1º trimestre é o maior desde 2012, diz Anbima

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As empresas brasileiras captaram um volume recorde no primeiro trimestre deste ano, o maior desde 2012, quando foi iniciada a série histórica, informou nesta segunda-feira a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Um total de R$ 152,3 bilhões foi captado, a maior parte (R$ 142,6 bilhões) via instrumentos de renda fixa, como debêntures e certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e do agronegócio (CRAs), híbridos (R$ 8,5 bilhões), como fundos imobiliários (FIIs) e Fiagros, e renda variável (R$ 1,2 bilhão), com ofertas subsequentes no mercado de ações.

O volume de debêntures foi de R$ 103 bilhões e atingiu patamar inédito para o primeiro trimestre, sendo que as incentivadas, que dão isenção de Imposto de Renda a pessoas físicas e são destinadas a financiar projetos de infraestrutura, representaram 45% do total. Com o peso maior do segmento, operações indexadas ao IPCA representaram 36,9% do volume e o prazo médio das subiu a 10,2 anos, frente à média de 6,96 anos do mesmo período do ano passado.

César Mindof, diretor da Anbima, destacou que o volume contabilizado mês a mês nas emissões foi mais uniforme no primeiro trimestre deste ano do que no mesmo período de 2024 e foi de R$ 44,3 bilhões em janeiro, R$ 45,9 bilhões em fevereiro e R$ 62,1 bilhões em março. No ano passado, do baixo volume que até então era tradicionalmente visto em janeiro, R$ 17,8 bilhões em emissões, houve um salto em fevereiro para R$ 37,2 bilhões e em março para R$ 63,1 bilhões, sobretudo após as medidas de restrição a emissões de CRIs, CRAs, LCIs e LCAs adotadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Como o órgão preservou operações que já estivessem em andamento, as empresas aceleraram as captações e acabaram elevando o volume mensal.

“Geralmente os primeiros trimestres são períodos mais difíceis, mas tivemos neste ano números muito bons”, disse Mindof. “Terminamos o ano passado com força e seguimos fortes.” Segundo ele, as debêntures se consolidaram como instrumento importante e as notas comerciais ganharam relevância, com um total R$ 6,78 bilhões emitidos e crescimento de 24% entre janeiro e março. O volume médio por operação também subiu e chegou a R$ 211,9 milhões, frente à média de R$ 818,1 milhões das debêntures.

“As notas comerciais são flexíveis, rápidas e mais democráticas, diferente tipos de emissores podem acessar. Contribuiu para o crescimento o aumento da liquidez desses papéis no mercado secundário”, afirmou Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.

Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima — Foto: Divulgação

[Fonte Original]

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