O CEO da agora Strategy, a maior “Bitcoin Treasury” do mundo, mandou uma indireta às chamadas “7 Magníficas”. O grupo de ações de megacapitalização inclui Apple, Microsoft, Nvidia, Tesla, Meta, Alphabet e Amazon, estão em quedas livre nos últimos dias.
Fazendo uma brincadeira com o nome da sua empresa (Strategy) e a estratégia de investir em Bitcoin, ele escreveu “Existe uma @Strategy para vencer os 7 Magníficos”. Junto ao tweet, postou um gráfico comparativo de desempenho do retorno anual da Strategy (MSTR) e das “7 Magníficas“.


Vale destacar que em 2020, Michael Saylor, então CEO da MicroStrategy, assumiu a estratégia de investir parte do patrimônio da empresa em Bitcoin. Ao longo de 5 anos manteve sua estratégia inalterável com aquisições atrás de aquisições.
Com isso, acumulou mais de 528 mil Bitcoin e fez da desconhecida empresa de Virginia em uma das mais valiosas dos Estados Unidos. Strategy que agora faz parte da Nasdaq 100, que reúne as 100 maiores empresas não financeiras dos EUA.
MSTR e BTC em alta
O gráfico compartilhado por Saylor mostra que, enquanto a MSTR rendeu 133% aos acionistas em um ano, as demais empresas tiveram desempenhos inferiores. No período, a MSFT (Microsoft) e AMZN (Amazon) tiveram desempenho negativo de -7 % e -2% respectivamente.
Os títulos GOOG (Alphabet), META de Mark Zuckerberg, APPL (Apple), NVDA (Nvidia) e TSLA (Tesla) tiveram saldo positivo, entretanto, bem abaixo dos rendimentos da MSTR.
Em meio aos títulos, Saylor também fez questão de mostrar o rendimento do Bitcoin, que continua sendo de 33% no período. O aumento é maior que retorno que todas as ações das 7 Magníficas, com exceção da Tesla (57%), que curiosamente também investe parte do seu tesouro em Bitcoin.
O declínio das “7 Magníficas”
O timing da provocação de Saylor não poderia ser mais estratégico. Desde que Trump anunciou sua guerra tarifária contra a China, as 7 “Magníficas” têm tido perdas significativas. A Tesla lidera as perdas, com uma queda de 34,7%, seguida por Nvidia (-18,5%) e Alphabet (-18,3%). Até mesmo a Microsoft e a Apple, consideradas pilares de estabilidade, caíram mais de 10% no ano.
Recentemente, a Nvidia sofreu com as restrições de exportação para a China impostas pelo governo Trump, a Tesla enfrentou entregas abaixo das expectativas e a Amazon previu resultados operacionais fracos devido a turbulências cambiais.
Enquanto isso, o Bitcoin, apesar de sua volatilidade histórica, tem se mostrado um ativo resiliente em meio à incerteza dos mercados tradicionais, especialmente das 7 Magníficas, que tradicionalmente são eleitas por analistas de Wall Street como investimentos “seguros”.
Se o desempenho recente for um indicativo, talvez os investidores precisem reconsiderar o que realmente significa “magnífico” no mercado atual. Uma coisa é certa: Saylor não perde a oportunidade de reforçar sua visão de que o Bitcoin é o futuro — e, pelo menos por enquanto, os números parecem estar do seu lado.