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sexta-feira, abril 25, 2025

Criptomoedas e DeFi podem aumentar a desigualdade de riqueza e desestabilizar as finanças, diz relatório do BIS

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A crescente adoção de criptomoedas pode representar riscos para o sistema financeiro tradicional e agravar a desigualdade de riqueza, segundo o Banco de Compensações Internacionais (BIS).

Em um relatório publicado em 15 de abril, o BIS alertou que o número de investidores e o volume de capital no mercado cripto e nas finanças descentralizadas (DeFi) “alcançaram uma massa crítica”, tornando a proteção ao investidor uma “preocupação significativa para os reguladores.”

O tamanho do mercado cripto sinaliza que as autoridades devem se preocupar com a “estabilidade do setor cripto além do papel que pode ter nas finanças tradicionais e na economia real,” afirma o relatório, destacando o papel das stablecoins, que segundo o BIS “se tornaram o meio através do qual os participantes transferem valor dentro do ecossistema cripto.”

Relatório do BIS sobre funções das criptomoedas e implicações para a estabilidade financeira. Fonte: BIS

O relatório defende uma regulação direcionada para stablecoins, focada em estabilidade e exigências de ativos de reserva que garantam a conversão das stablecoins em dólares americanos durante “condições de mercado estressadas.”

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O relatório foi publicado duas semanas após o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA aprovar o projeto Stablecoin Transparency and Accountability for a Better Ledger Economy (STABLE Act) com 32 votos a favor e 17 contra em 2 de abril.

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Fonte: Financial Services GOP

O STABLE Act visa criar um arcabouço regulatório claro para stablecoins de pagamento denominadas em dólar, com ênfase na transparência e na proteção ao consumidor.

Em 13 de março, o GENIUS Act (Guiding and Establishing National Innovation for US Stablecoins) foi aprovado pelo Comitê Bancário do Senado com 18 votos a favor e 6 contra. O projeto busca estabelecer diretrizes de colateralização e exigir conformidade total com as leis de combate à lavagem de dinheiro por parte dos emissores de stablecoins.

Criptomoedas podem agravar desigualdade de renda

O BIS também expressou preocupação com o potencial das criptomoedas em ampliar a desigualdade de renda ao permitir que grandes investidores se aproveitem das emoções de participantes menos sofisticados, como observado durante o colapso da FTX em 2022.

Atividade de baleias vs investidores de varejo após colapso da FTX. Fonte:  BIS

“À medida que os preços despencaram em 2022, os usuários de fato negociaram mais,” observou o relatório do BIS. “Mais preocupante ainda, grandes detentores de bitcoin (‘baleias’) estavam vendendo enquanto os pequenos investidores de varejo (‘krill’) estavam comprando.” E acrescentou:

“Isso implica que o mercado cripto, frequentemente apresentado como uma oportunidade de crescimento inclusivo e estabilidade financeira, pode ser um meio de redistribuição de riqueza dos mais pobres para os mais ricos.”

O relatório conclui que DeFi e finanças tradicionais compartilham os mesmos fundamentos econômicos, mas que as “características distintas” do DeFi, como “contratos inteligentes e componibilidade,” representam novos desafios que exigem intervenções regulatórias proativas para “salvaguardar a estabilidade financeira e, ao mesmo tempo, fomentar a inovação.”

[Fonte Original]

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