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quinta-feira, abril 24, 2025

Exclusivo: Bloomberg lança ferramenta que ajuda traders a lucrar com ETFs, inclusive de Bitcoin e cripto

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A Bloomberg lançou nesta quinta-feira, 10, uma nova ferramenta voltada ao mercado de ETFs que promete mudar a forma como gestores de portfólio e traders executam suas estratégias. Batizada de Strategy Optimizer, a solução visa aumentar a eficiência no fluxo de trabalho, reduzir o risco operacional e baratear custos de execução, especialmente em operações complexas que envolvem cestas de ativos, como é o caso de ETFs atrelados a criptomoedas.

Integrado ao RFQe, o sistema de cotação de ETFs da Bloomberg, e ao EMSX, uma das plataformas mais usadas por gestores institucionais no buy-side, o Strategy Optimizer oferece uma funcionalidade relativamente inédita no mercado: a possibilidade de processar grandes listas de ordens com um único clique, aproveitando sobreposições entre os ativos subjacentes de múltiplos ETFs para montar pacotes otimizados.

O recurso permite, por exemplo, que um trader agrupando operações com diferentes ETFs expostos ao Bitcoin possa identificar negociações compensatórias e executá-las de forma coordenada. Isso reduz o impacto no mercado, melhora os preços de entrada e saída e ajuda a mitigar riscos.

Impacto potencial no mercado de cripto e ETFs complexos

A novidade chega em um momento de forte expansão dos ETFs ligados a criptoativos. Segundo a Quantum Finance, os ETFs mais valorizados da B3 em 2024 são justamente os de cripto, com destaque para o BITH11 (+175,43%), QBTC11 (+169,06%) e BIT11 (+161,83%). Muitos desses produtos operam com liquidez fragmentada, o que pode gerar distorções de preço e dificultar grandes movimentações — um desafio que o Strategy Optimizer promete suavizar.

O uso dessa ferramenta pode ser particularmente relevante em momentos de volatilidade, como os vividos pelo mercado de cripto em 2023 e 2024, quando traders institucionais buscaram instrumentos mais sofisticados para gerenciar exposição e risco.

Ao facilitar rebalanceamentos e negociações em blocos, o Strategy Optimizer também fortalece o papel do RFQe, que já conecta mais de 200 dealers ao redor do mundo e é utilizado por cerca de 9 mil empresas. Além disso, ele reforça o movimento de digitalização das mesas de operação, que vêm substituindo negociações manuais por algoritmos e soluções de execução automatizada.

Embora a Bloomberg tenha promovido o Strategy Optimizer como uma resposta direta a demandas de clientes institucionais, o lançamento também foi bem recebido por grandes formadores de mercado. Profissionais da Citadel Securities e da Jane Street, duas das principais instituições de market making globais, destacaram que a ferramenta pode aumentar a liquidez e promover mais eficiência e concorrência no mercado de ETFs.

Segundo Thomas Sozzi, da Citadel Securities, a ferramenta ajuda a “reduzir os custos de execução para os investidores finais”, ao promover uma lógica de emparelhamento mais inteligente entre cestas de ETFs. Já Ian Shea, da Jane Street, vê a solução como parte do desenvolvimento contínuo do ecossistema de ETFs e negociação eletrônica.

Para Nicholas Bean, Head Global de Negociação Eletrônica da Bloomberg, o lançamento representa uma inovação liderada pelo cliente. “As estratégias de negociação de ETFs estão evoluindo rapidamente. O Strategy Optimizer foi criado justamente para atender essa nova demanda por eficiência, controle de risco e melhor precificação.”

Preço do Bitcoin pode cair para US$ 10 mil, alerta estrategista da Bloomberg

Apesar da inovação em ferramentas como o Strategy Optimizer, o cenário para os criptoativos ainda é de alta volatilidade. Segundo Mike McGlone, estrategista sênior de commodities da Bloomberg, o Bitcoin pode estar se aproximando de uma correção drástica. Em entrevista ao Cointelegraph, McGlone alertou para um possível colapso do BTC para US$ 10.000, impulsionado por excesso de especulação e avaliação inflacionada dos ativos digitais.

“Veja o Dogecoin — ainda tem um valor de mercado de US$ 20 bilhões. Isso deveria ir a zero. O mercado precisa de uma limpeza, como aconteceu com a bolha da internet”, afirmou o analista, comparando a atual euforia cripto ao estouro da bolha das empresas ponto com nos anos 2000.

Ele destacou que a narrativa do “ouro digital” está sendo colocada à prova e que os investidores que apostaram em ETFs de Bitcoin podem estar percebendo que compraram um produto com alta correlação de risco.

“Eles não compraram ouro digital, compraram beta alavancado. Essa é a realidade.”

McGlone também afirmou que os mercados acionários, especialmente nos Estados Unidos, cresceram além do razoável em relação ao tamanho da economia, o que torna um “reset” inevitável. Segundo ele, mesmo com um ambiente regulatório mais maduro, os ativos digitais devem passar por uma reprecificação antes de um eventual novo ciclo de valorização.

Para os investidores mais atentos, o analista acredita que ainda há oportunidades pontuais, mas adverte que a recuperação será mais longa e árdua do que a vista após a crise da COVID-19. “Não será um V-shape. Será um processo prolongado.”

[Fonte Original]

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