A mineração de Bitcoin é o processo que mantém a rede Bitcoin segura, descentralizada e funcional. Sem os mineradores, a blockchain não teria como validar transações nem adicionar novos blocos ao seu histórico. Mas, afinal, como tudo isso acontece na prática?
De forma simples, minerar Bitcoin é validar transações e registrar essas informações em blocos na blockchain. Cada bloco contém centenas de transações e precisa ser verificado antes de ser adicionado à rede. Quem realiza esse trabalho são os mineradores — pessoas ou empresas que utilizam máquinas potentes para resolver cálculos matemáticos complexos.
Em troca dessa atividade, os mineradores recebem recompensas: novos Bitcoins recém-criados e taxas de transações incluídas nos blocos.
A rede Bitcoin usa um sistema chamado Proof of Work (Prova de Trabalho). Isso significa que, para validar um bloco, o minerador precisa encontrar um número (chamado “nonce”) que, quando combinado com os dados do bloco, gera um hash — uma espécie de assinatura digital — que atenda a critérios específicos de dificuldade.
Esse hash precisa começar com uma quantidade mínima de zeros, o que só é possível por tentativa e erro. Por isso, os mineradores testam bilhões de combinações por segundo até encontrar o resultado certo.
Quando um minerador encontra esse hash, ele envia o bloco para a rede. Após a verificação por outros participantes, o bloco é adicionado à blockchain, e o minerador recebe a recompensa.
O que é necessário para minerar Bitcoin?
Para minerar de forma eficiente, é preciso ter:
- Hardware específico: as máquinas mais potentes são chamadas de ASICs (Application-Specific Integrated Circuits), como os modelos da linha Antminer S21 ou Teraflux AH3880.
- Energia elétrica: a mineração consome muita energia. Por isso, o custo da eletricidade influencia diretamente o lucro.
- Refrigeração adequada: equipamentos trabalham em alta performance e precisam de resfriamento constante, como sistemas hydro-cooling.
- Conexão de internet estável: a latência deve ser mínima para garantir que o minerador tenha chance de validar blocos antes dos concorrentes.
A mineração não apenas cria novos Bitcoins, mas garante a segurança da rede, tornando-a praticamente inviolável. Com milhares de mineradores espalhados pelo mundo, o sistema se mantém resistente a fraudes e ataques. Além disso, a mineração contribui para a descentralização, já que qualquer pessoa com os equipamentos certos pode participar do processo.
Com o preço do Bitcoin retomando o nível de US$ 94 mil, muitos mineradores se tornaram muito lucrativos, permitindo lucrar mais de US$ 15 por dia, com apenas um equipamento. Um levantamento do Cointelegraph com dados do asicminervalue destacou os 5 melhores equipamentos para minerar Bitcoin atualmente, confira.
Os 5 melhores equipamentos para minerar Bitcoin
A tabela acima apresenta os dados completos de custo, lucro diário e tempo estimado para retorno do investimento de cada minerador analisado. Com base nessa análise, o melhor custo-benefício atual é o Bitmain Antminer S21 XP Hyd (473Th), que oferece o menor tempo de retorno: aproximadamente 808 dias.
Esse modelo combina um preço acessível com boa rentabilidade diária, sendo uma escolha eficiente para quem busca retorno mais rápido no investimento.Confira todos os melhores modelos
1. Bitmain Antminer S21e XP Hyd 3U: potência máxima e maior lucro
Lançado em janeiro de 2025, esse modelo da Bitmain entrega 860 Th/s com consumo de 11.180W. Apesar de exigir mais energia, ele lidera a lista com um lucro diário de US$ 15,21. Minerando 0.00426 BTC por dia, o equipamento também extrai outras moedas como BSV, BCH, FB e XEC, com destaque para os 165.18 PPC diários. O resfriamento é feito via hydro cooling e exige estrutura 3U, ideal para datacenters.
2. Bitmain Antminer S21 XP+ Hyd (500Th): equilíbrio entre consumo e retorno
Esse modelo, que chega ao mercado em julho de 2025, oferece uma taxa de 500 Th/s com potência de apenas 5.500W. Com essa eficiência, proporciona um retorno de US$ 11,24 por dia. Além de Bitcoin (0.000248 BTC), minera Namecoin, Fractal Bitcoin e eCash, com destaque para 1.05 NMC/dia. Seu diferencial está no consumo mais baixo sem comprometer o desempenho.
3. Bitmain Antminer S21 XP Hyd (473Th): eficiência térmica e constância
Lançado em outubro de 2024, entrega 473 Th/s e opera a 5676W, gerando um lucro de US$ 9,50 por dia. Mantém hidro-resfriamento silencioso, com apenas 50dB de ruído. As moedas mineradas incluem Bitcoin (0.000234 BTC), Fractal Bitcoin (34.27 FB) e eCash (1.134.513 XEC/dia).
4. Auradine Teraflux AH3880: alta performance com 600 Th/s
O Auradine Teraflux AH3880, programado para março de 2025, entrega 600 Th/s com potência de 8.700W, gerando cerca de US$ 8,45 de lucro diário. Ele se destaca pelo uso de chips de 3nm, sendo mais moderno que os concorrentes. Produz 0.000297 BTC por dia, além de 1439129 XEC e 115.24 PPC.
5. Bitmain Antminer S21e XP Hyd (430Th): opção compacta e rentável
Com lançamento previsto para novembro de 2024, esse modelo oferece 430 Th/s e potência de 5.590W, gerando US$ 7,60 por dia. Ele minera 0.000213 BTC, 0.0542 BCH e 1031376 XEC, com um consumo energético contido e alta confiabilidade.