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quinta-feira, abril 24, 2025

Infográfico: foto do corpo do Papa Francisco traz à tona contraste com funeral de antecessores; entenda em oito pontos

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As primeiras imagens do corpo do Papa Francisco após seu falecimento, divulgadas pelo Vaticano nesta terça-feira, evidenciam o tom de simplicidade que era uma das marcas do religioso argentino, e trouxeram à tona contrastes em relação aos funerais de seus antecessores.

Nas imagens, Francisco aparece deitado em um caixão aberto, ladeado pelo cardeal italiano Pietro Parolin. Aos 70 anos, Parolin é o atual secretário de Estado do Vaticano, posição para a qual foi nomeado por Francisco em 2013, e é visto como um dos mais cotados para sucedê-lo no próximo conclave.

Detalhes na vestimenta, nas mãos e até no caixão usado por Francisco marcam uma guinada nas tradições papais, algo que foi uma tônica nos 12 anos de sua liderança na Igreja Católica.

O anel na mão direita de Francisco é um item simples, de prata, adornado com uma cruz. Este anel costumava ser usado por ele em solenidades públicas, e não é o mesmo que o Anel do Pescador, que é o símbolo oficial do papado — feito sob medida, de prata e banhado a ouro, ele é destruído após a morte do Papa.

Em outra guinada na tradição papal, o Papa Francisco será enterrado em um caixão de madeira forrado com zinco. A versão é mais simples do que o costume anterior de utilizar três caixões, feitos de cipreste, carvalho e chumbo; o objetivo era retardar a decomposição do corpo.

Outro sinal de simplicidade e de discrição está no rosário colocado na mão direita de Francisco, sem brilhos, de cor escura. Utilizado no catolicismo para orações, o rosário é composto por 50 contas em três partes — esta divisão faz com que também seja conhecido popularmente como “terço”.

A primeira imagem do Papa Francisco no caixão mostra, em sua cabeça, uma mitra da cor branca. A mitra, uma espécie de chapéu alongado, representa a autoridade papal e é usada em ocasiões solenes. Francisco adotou mitras como esta, mais simples, ao longo de seu papado.

Habitualmente, os Papas eram trajados com a “mitra aurífera”, feita de tecido laminado de ouro, em algumas procissões e no próprio funeral. Esta, porém, não chegava a ser uma exigência: uma mitra branca, similar a esta, também foi usada nos funerais de João Paulo II e de Bento XVI, os outros dois Papas que faleceram neste século.

A exemplo de seus antecessores, a casula — uma espécie de veste que cobre totalmente o corpo do sacerdote — usada por Francisco é da cor vermelha, também adotada nos funerais de João Paulo II e Bento XVI. A cor, na liturgia católica, costuma remeter ao martírio e é associada à Paixão de Cristo.

O registro do corpo de Francisco foi feito na Capela da Casa de Santa Marta. O local é a residência oficial do Papa. De lá, o corpo do Papa será levado para a Basílica de São Pedro, para uma cerimônia de despedida e de luto. Diferentemente da tradição, porém, Francisco escolheu ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, para onde será levado em seguida.

Outra guinada em relação às tradições papais, definida por Francisco em seu testamento, é a determinação de que o corpo seja exposto ao público, durante as despedidas, sem o uso de nenhum tipo de pedestal — item usado nos funerais de João Paulo II e de Bento XVI. A determinação do Papa foi de que o próprio corpo seja apenas exibido no caixão, sem ser elevado em pedestal.

[Fonte Original]

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