Passado o Festival de Cannes, a meta agora é o Oscar. O crítico de cinema Vítor Búrigo lembra, no entanto, que o percurso e longo, e “O Agente Secreto” tem muita concorrência antes mesmo de ser confirmado como representante do Brasil na premiação máxima do cinema.
Queremos repetir toda aquela emoção [de ‘Ainda Estou Aqui’], estamos prontos para passar por tudo aquilo de novo, mas vamos lembrar que antes disso tudo a Academia Brasileira de Cinema forma uma comissão que vai escolher o representante. Não temos um representantes brasileiro ainda, [além de ‘O Agente Secreto’] temos também ‘O Último Azul’, de Gabriel Mascaro, premiado em Berlim, ‘Manas’, de Marianna Brennand… temo muitos filmes bons. Vítor Búrigo
Apesar disso, a premiação de Wagner Moura em Cannes “ajuda muito” na campanha do filme. Segundo Flavia, o ator é essencial para o filme e “faz toda a diferença” na temporada de premiações. “Já aprendemos com ‘Ainda Estou Aqui’ que, se você quer fazer campanha para o Oscar, tem que ter um ator para ser ‘a cara’ do filme. Kleber, por mais que seja um ‘diretor-autor’, ainda não é reconhecido pelo nome. É mais conhecido no circuito nosso de cinefilia”.
Outro ponto positivo é o fato dos direitos do filme terem sido adquiridos pela Neon, empresa americana de produção e distribuição de filmes independentes. “A Neon adquiriu muitas Palmas de Ouro, inclusive a deste ano, e fez a campanha de vários filmes importantes para o Oscar, como ‘Anora’ e ‘Parasita’. Eles têm experiência com isso. Sabem fazer campanha”, diz Mariane Morisawa.
No Reino Unido, é a Mubi quem adquire o filme. O território tem grande peso para a visibilidade e campanha geral do filme.
Apresentado por Flavia Guerra e Vitor Búrigo, Plano Geral é exibido às quartas-feiras, às 11h, no canal de Splash no YouTube e na home do UOL, com as principais notícias sobre cinema e streaming. Você pode ainda ouvi-lo no Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts.