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domingo, maio 11, 2025

B3 tem crescimento de 16,5% no lucro líquido do 1° tri, para R$ 1,1 bi

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O avanço fora do mercado de ações garantiu, mais uma vez, o crescimento dos resultados da B3. A companhia encerrou o primeiro trimestre com lucro de R$ 1,1 bilhão, 17% maior na comparação anual, e receita de R$ 2,7 bilhões, 7,7% acima do registrado 12 meses antes.

O crescimento na última linha do balanço também foi influenciado pela redução de quase 11% nas despesas totais, explicada principalmente pelo fim da amortização dos intangíveis reconhecidos na combinação com a Cetip. Se não fosse esse efeito, elas teriam aumentado 9,7%, com aumento de gastos com dados e tecnologia, entre outros.

Além da diversificação, que tem ajudado a companhia a passar por tempos difíceis para o mercado de ações, a B3 tem apostado em uma agenda robusta de lançamentos, segundo o diretor financeiro, André Milanez. “São produtos e serviços que, salvo algumas exceções, levam tempo para maturar. Por isso, a ideia é lançar nesse momento de cenário mais desafiador para capturar ganhos quando o ambiente for mais favorável”, disse ao Valor.

Outra justificativa pela busca de novos produtos e serviços, segundo o executivo, é manter a liderança nos segmentos em que a B3 atua. “Não dá para deixar espaço para novos entrantes”, afirmou. Entre os lançamentos recentes da companhia estão os índices de debêntures atreladas a CDI e IPCA — que mais para frente devem servir de base para produtos — e as opções semanais de Ibovespa, contratos de derivativos com referência no principal índice da bolsa.

No primeiro trimestre, as receitas com o mercado de ações caíram 7,1%, na comparação anual, para R$ 510,8 milhões. O volume financeiro médio diário negociado (ADTV) cresceu 1,1%, com aumento nas negociações de ETFs, BDRs e fundos listados. Segundo Milanez, cerca de 15% do volume corresponde hoje a instrumentos que não são ações, o que garante certa estabilidade ao resultado.

Em derivativos, o volume médio diário negociado (ADV) totalizou 8,9 milhões de contratos, queda de 9,4% em relação ao primeiro trimestre de 2024, enquanto a receita por contrato cresceu 29,3% no mesmo período. Com isso, as receitas do segmento totalizaram R$ 880,9 milhões, em alta de quase 10%. O desempenho “sólido”, segundo Milanez, foi garantido pelo crescimento nos volumes e pelo comportamento de produtos como o futuro de bitcoin, lançado no ano passado.

Em junho, a B3 deve lançar dois futuros de criptomoedas, de Ethereum e Solana, após a autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A autarquia também deu o aval para a redução do tamanho do contrato de futuro de Bitcoin, o que, segundo Milanez, deve promover uma melhora da liquidez e aumentar a atratividade.

Em renda fixa e crédito, um dos destaques do primeiro trimestre foi o volume de novas emissões de instrumentos de captação bancária, que cresceu 15,3%, principalmente pelo aumento nas emissões de CDBs.

O estoque médio de instrumentos de captação bancária teve crescimento de 25,3%, enquanto o volume de estoque de dívida corporativa teve alta de 26,1%. As receitas do segmento cresceram quase 22%, para R$ 315,4 milhões.

A B3 começou a apresentar as receitas ao mercado de forma diferente. Antes, a divisão considerava os segmentos listado, balcão, infraestrutura para financiamento e tecnologia e dados. A partir de agora, o faturamento continuará sendo dividido em quatro grupos, mas com uma nova organização.

O segmento “mercados” vai incluir as receitas de derivativos, mercados de renda fixa e crédito, mercado de renda variável e empréstimo de ativos, enquanto o segmento “soluções para mercado de capitais” considera as receitas de dados para o mercado de capitais e da depositária para mercado à vista, além de listagem e soluções para emissores.

O novo segmento “soluções analíticas de dados” inclui soluções para financiamentos de veículos e imobiliários, e também receitas de plataformas e dados analíticos. Por fim, o segmento “tecnologia e plataformas” considera as receitas dos produtos de tecnologia e os serviços de apoio ao mercado.

— Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo

[Fonte Original]

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