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quinta-feira, maio 15, 2025

Bolsas de NY fecham sem direção única; tecnologia lidera ganhos

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Os rendimentos dos Treasuries tiveram alta firme nesta quarta-feira, especialmente na ponta mais longa da curva de juros, com investidores mais tranquilos quanto aos efeitos da guerra comercial na economia, mas atentos ao cenário fiscal americano. Promessas do presidente Donald Trump, como cortes de impostos, e o impacto que isso terá sobre o déficit fiscal estão em foco. No mercado de ações, as bolsas de Nova York fecharam em direções opostas, sem conseguir sustentar o rali do início da semana, exceto pelo setor de tecnologia. O dólar rondou a estabilidade.

O acordo entre China e Estados Unidos no começo desta semana foi importante para aliviar as tensões na guerra comercial e contribuiu para acalmar os temores do mercado. Agora, a perspectiva é de que as negociações com outros países devem avançar e há menos chances de uma recessão global, o que impulsionou os ativos de risco. Por outro lado, as atenções do mercado se voltaram para as promessas de cortes de impostos de Trump, que podem ter efeito inflacionário e ameaçar a arrecadação.

Por volta das 18h20 (de Brasília), os rendimentos dos Treasuries com vencimento em dois anos subiam para 4,057%, de 4,015% no fechamento anterior. Os rendimentos dos Treasuries com vencimento em dez anos avançavam para 4,545%, ante 4,473% na última sessão, representando o maior valor desde o dia 18 de fevereiro, antes do anúncio das tarifas no “Dia da Libertação” de Trump. Já os rendimentos dos Treasuries com vencimento em 30 anos eram negociados a 4,974%, de 4,908% no último fechamento.

“A liquidação na ponta longa da curva reflete o mercado assimilando as implicações da substituição do tema das tarifas pelo tema de cortes de impostos”, afirma Steven Ricchiuto, economista do Banco Mizuho.

O Bank of America (BofA), que está tomado nos juros reais americanos, vê que a ponta longa da curva de juros é a parte mais vulnerável do mercado de Treasuries, no momento em que há uma desconfiança crescente sobre os Estados Unidos por parte dos investidores estrangeiros.

Já em Wall Street, os principais índices de ações de Nova York fecharam em direções opostas nesta quarta-feira, após oscilarem durante o dia. As bolsas iniciaram a semana em forte valorização, com o mercado reagindo positivamente ao acordo comercial entre Estados Unidos e China, mas apenas o setor de tecnologia tem dado continuidade ao rali nas últimas sessões.

No fechamento, o índice Dow Jones teve queda de 0,21%, aos 42.051,06 pontos, o S&P 500 subiu 0,10%, aos 5.892,58 pontos, e o Nasdaq subiu 0,72%, aos 19.146,809 pontos. Estendendo os ganhos do rali de ontem, os setores de comunicação (+1,58%) e tecnologia (+0,96%) estiveram entre as poucas altas do dia, enquanto saúde (-2,31%) e materiais (-0,96%) tiveram as maiores perdas.

Na visão do UBS WM, o setor de tecnologia ainda enfrenta incertezas, mas a perspectiva global de investimentos em inteligência artificial é promissora e a relação entre risco e retorno nas ações do setor ainda permanece atrativa.

“Acreditamos que as ações de tecnologia devem continuar sua recuperação, sustentadas por um crescimento de lucros de 12% ou mais em 2025, especialmente se as manchetes sobre tarifas continuarem melhorando”, escrevem os analistas, em nota.

Monitor mostra painel do índice S&P 500 na bolsa de valores de Nova York — Foto: Michael Nagle/Bloomberg

[Fonte Original]

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