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sábado, junho 7, 2025

Ibovespa recua com discussão sobre alta do IOF no radar e dados econômicos mais fortes no Brasil

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Em um pregão bastante volátil e de volume financeiro reduzido, o Ibovespa oscilou entre altas e baixas até encerrar em queda de 0,25%, aos 138.534 pontos, variando entre os 137.993 pontos e os 139.108 pontos. O imbróglio em torno do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) permanece como foco de apreensão entre agentes financeiros após o ministro da Fazenda, Fernando Hadadd, afirmar que, no momento, não há alternativa à alta do imposto para melhorar as contas públicas.

Hoje, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, reforçou a importância da medida, mas disse que a pasta vai trabalhar para apresentar uma proposta dentro do prazo de até dez dias dado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos – PB).

Novos dados de atividade também mexeram com os ativos locais hoje, ao fortalecer a visão de que a economia brasileira está resiliente. Com isso, o mercado passou a retirar dos preços, aos poucos, os cortes antecipados da Selic. Ontem, números do Caged superaram com folga a projeção compilada pelo Valor Data, ao passo que hoje a taxa de desemprego caiu a 6,6% no trimestre encerrado em abril, abaixo do consenso de mercado (6,8%).

“O governo tem feito uma série de estímulos que tem sustentado um ritmo forte da economia. Vemos isso claramente refletido no balanço das companhias, seja no primeiro como no segundo trimestre. Então, esse movimento de desaceleração talvez seja a grande dúvida que a gente tem em relação aos juros em si”, avalia o superintendente de renda variável da Bradesco Asset Management, Rodrigo Santoro.

Nesse cenário, o profissional diz que, provavelmente, com economia aquecida, o Banco Central permaneça com juros altos por mais tempo. “A gente não acredita que teremos novas altas, mas que isso pode postergar o ciclo de corte de juros do BC”, diz. Para o profissional, provavelmente, um recuo da Selic só será possível no ano que vem.

Ações que costumam reagir à direção das taxas de juros foram mais as afetadas na sessão, caso de Magazine Luiza (-4,92%) e Cyrela (-2,31%).

Já a liderança entre as maiores quedas ficou para os papéis da Azul, que recuaram 6,80%. A sessão de hoje foi a última de negociação das ações da aérea dentro dos índices da bolsa. Ontem, a B3 anunciou que o papel será excluído de todos os índices da bolsa local depois que a companhia pediu recuperação judicial nos EUA.

Entre as blue chips de commodities, o dia foi misto: os papéis PN da Petrobras cederam 0,60%, enquanto as ações da Vale subiram 0,07%. Investidores repercutiram o encontro entre a diretoria da mineradora e analistas. Segundo a equipe do Bank of America (BofA), o corpo executivo da companhia reforçou o foco na criação de valor de longo prazo, com iniciativas que visam melhores resultados operacionais e eficiência de custos.

Já a maior valorização ficou para os papéis da Petz, que subiram 2,38%, ampliando os ganhos vistos na véspera. O volume financeiro do Ibovespa, por sua vez, foi de R$ 13,7 bilhões e de R$ 18,0 bilhões na B3.

Já em Wall Street, os índices americanos fecharam em alta: o S&P 500 avançou 0,40%; Nasdaq subiu 0,39%; e o Dow Jones avançou 0,28%.

Investidores monitoraram a notícia de que um tribunal federal de apelações dos EUA restaurou hoje as tarifas criadas pelo presidente Donald Trump no último dia 2 de abril. A decisão ocorreu depois de o Tribunal de Comércio de Manhattan barrar ontem as medidas, alegando que o executivo excedeu as atribuições.

Números de atividade americana também foram acompanhados de perto na sessão, com a divulgação de uma segunda leitura mais favorável do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre nos EUA, acompanhada de uma revisão para baixo nos gastos dos consumidores.

[Fonte Original]

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