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domingo, junho 8, 2025

Bolsa: Quem Ganha com a Selic nos Maiores Patamares em Quase 20 Anos?

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Renda variável: em quais setores apostar com a Selic alta?

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Em sua reunião mais recente, no dia 6 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 14,75% ao ano. Apesar da alta ter sido amplamente esperada pelo mercado, esse é o maior nível desde agosto de 2006.

Qualquer alteração na Selic afeta a rentabilidade dos investimentos. Em um primeiro momento, o cenário de juros elevados — agravado por um ambiente externo volátil devido às tarifas de Donald Trump — favorecem de forma mais predominante os investimentos em renda fixa. Em momentos como esse, a busca padrão é por aplicações mais conservadoras.

No entanto, especialistas destacam que, mesmo com os obstáculos, a renda variável continua oferecendo algumas vantagens para a sua carteira. O potencial de rentabilidade superior, especialmente no longo prazo, mantém os investimentos em ações como uma alternativa atrativa, principalmente em setores com boas perspectivas de crescimento e uma correlação positiva com a alta dos juros.

A Forbes Brasil destacou quais são os segmentos da bolsa brasileira que se beneficiam com a alta Selic, aumentando suas chances de sucesso nos investimentos em 2025.

Selic nas alturas, bolsa em alta?

Historicamente, quando a taxa de juros sobe, o Ibovespa tende a cair tanto pela maior atratividade dos investimentos em renda fixa quanto pelo aumento no custo de capital das empresas. Porém, mesmo com uma Selic elevada, em 20 de maio, o indicador bateu recorde histórico e fechou o dia em alta de 140 mil pontos.

A euforia da bolsa brasileira se deve, principalmente, ao aumento das incertezas globais — como a guerra comercial de Trump — o que levou muitos investidores a retirarem seus investimentos das bolsas dos EUA, que estão com preços historicamente altos.

Outro fator que tem sustentado o Ibovespa é o bom desempenho das empresas listadas, já que os lucros das companhias continuam sendo um dos pilares para evitar uma queda acentuada da bolsa.

“Algumas empresas estão conseguindo performar bem devido ao ambiente microeconômico, aquele voltado para a atividade da companhia”, afirma Matheus Amaral, especialista em Renda Variável do Inter. Ou seja, empresas resilientes, que gerem caixa de forma consistente e com boa governança se beneficiam nesse cenário.

Setores em vantagem

O segmento bancário tem boa performance com o aumento da taxa Selic, pois os bancos conseguem aumentar o spread e são mais protegidos em cenários de flutuação de juros. “As instituições financeiras ampliam sua margem com empréstimos mais caros”, afirma Robson Casagrande, especialista em investimentos e sócio da GT Capital.

O spread bancário é a diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar dinheiro e a taxa que ele paga ao investidor para captar esses recursos. A diferença entre essas tarifas constitui o spread bancário, que pode variar conforme a operação e o risco, mas, em geral, beneficia os bancos.

As seguradoras também levam vantagem. Para Matheus Amaral, do Inter, elas obtêm um bom resultado com os juros mais altos. As seguradoras deixam uma quantidade significativa de dinheiro em caixa para cobrir possíveis indenizações das apólices de seguro que vendem. Esse capital, chamado de reserva técnica, é investido principalmente na renda fixa. Assim, quando a Selic sobe e os juros privados aumentam, o capital das seguradoras rende mais.

Para os especialistas, as empresas de energia elétrica ou de “utilities” podem ser uma alternativa, já que são promissoras devido à sua característica de receita previsível e contratos de longo prazo.

Outra área favorecida são as exportadoras de commodities, como mineradoras e produtoras de petróleo. “Nesse cenário, a valorização do real pode ser limitada, mantendo a competitividade dos produtos nacionais”, diz Casagrande da GT Capital.

Para finalizar, empresas com baixo endividamento apresentam melhor resultado financeiro. Isso porque há um menor gasto com pagamento de juros.



[Fonte Original]

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