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segunda-feira, maio 12, 2025

Como é Chiclayo, berço peruano do papa Leão XIV

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“Se me permitem uma palavra, uma saudação [em espanhol] a todos e especialmente à minha querida Diocese de Chiclayo, no Peru, onde um povo fiel acompanhou o seu bispo, partilhou sua fé e se esforçou para continuar a ser uma Igreja fiel a Jesus Cristo”. Essas palavras foram proferidas pelo papa Leão XIV em seu primeiro pronunciamento após o “Habemus Papam”, na quinta-feira (8).

A menção ao berço peruano do novo pontífice rapidamente foi acompanhada de aplausos e muita emoção no Vaticano, onde milhares de fiéis acompanharam o anúncio, e também na vila de pescadores, no norte do país sul-americano, onde o então cardeal Robert Francis Prevost Martinez atuou por quase uma década.

Leão XIV foi bispo de Chiclayo por oito anos, entre 2015 e 2023. A cidade fica cerca de 800 quilômetros da capital, Lima.

Quando o falecido papa Francisco o nomeou prefeito do Dicastério para os Bispos em Roma, reconheceu que seria difícil deixar o Peru. Em entrevista à emissora de rádio Exitosa, em 2023, Prevost disse: “Estou em Chiclayo há mais de oito anos e, desta vez, sim, também vai ser difícil para mim sair daqui, deixar tantas coisas, comunidades, pessoas, uma Igreja que está realmente vivendo essa alegria de seguir Jesus Cristo”.

Prevost chegou a Chiclayo com uma finalidade missionária, sendo posteriormente alocado no alto cargo da diocese. Após sua ordenação como sacerdote em 1982, ele integrou a missão agostiniana no Peru em 1985 e atuou como chanceler da Prelazia Territorial de Chulucanas de 1985 a 1986.

Depois de retornar aos EUA, por pouco tempo, se dirigiu novamente ao Peru, onde passou uma década liderando o seminário agostiniano em Trujillo e ensinando Direito Canônico no seminário diocesano, onde também foi prefeito de estudos. Também exerceu outras funções, como pároco, oficial diocesano, diretor de formação, professor de seminário e vigário judicial.

Em 2014, foi nomeado pelo papa Francisco administrador apostólico da Diocese de Chiclayo.

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A cidade peruana de Chiclayo é conhecida como “Capital da Amizade” pela forma calorosa como a população recebe seus visitantes.

Tamanha a proximidade do novo papa com o local que ele tirou cidadania peruana durante os anos em que atuou como bispo. O documento foi emitido em 2015.

Católicos peruanos lembram do histórico de Prevost no país

Com o anúncio do novo papa, a cidade peruana com cerca de 800 mil habitantes acordou com os olhos do mundo voltados para ela.

Uma paroquiana disse à Agência EFE de uma igreja local: “Estamos muito animados porque o novo papa veio daqui, ele veio de Chiclayo”.

Os habitantes se lembram do agora pontífice realizando missa, em atividades com as crianças, com galochas percorrendo zonas de catástrofes naturais e abençoando suas ruas durante a pandemia.

“Recebemos a fumaça branca como católicos expectantes. Mas chorando de alegria, de emoção, sabendo que ele é o nosso papa, que conversamos com ele, que o tocamos, que estivemos em reuniões com ele e que ele é o Santo Pontífice”, afirmou Maria Luisa Olazábal com lágrimas nos olhos.

Pouco antes de entrar na missa na catedral, ela se lembrou das palavras que o novo papa disse sobre sua cidade diante do mundo. “Foi uma grande emoção quando ele disse que Chiclayo é um povo de fé, que andou de mãos dadas com ele, de mãos dadas com nosso bispo”, acrescentou.

Mariana, de 18 anos, lembra-se de Presvot como um bispo muito próximo e humano, que sempre quis ouvir o povo de Chiclayo. Ela lembrou a mensagem de paz que ele transmitiu aos fiéis em suas primeiras palavras e disse que Robert Prevost os aproximou da Igreja.

O orgulho pode ser sentido nas ruas, e nos restaurantes próximos à catedral e ao bispado, onde ele morava, há placas dizendo “O papa comeu aqui”.

“Graças ao papa, somos conhecidos mundialmente”, gritou um motorista de táxi para a imprensa reunida do lado de fora de uma catedral local.

O novo pontífice visitou Chiclayo há menos de um ano, em agosto de 2024, e, na mesma catedral que hoje o celebra, fez uma homilia na qual falou da importância de criar e estar em comunidade, como a que hoje se lembra dele.

[Fonte Original]

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