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Cenários
A semana começa com um clima de euforia nos mercados globais, justificada pelo anúncio de uma trégua de 90 dias na disputa comercial entre China e Estados Unidos, anunciada na manhã desta segunda-feira (12).
Em uma declaração conjunta, os dois países informaram que suspenderão suas respectivas tarifas por 90 dias e continuarão as negociações iniciadas neste fim de semana. Pelo acordo, os Estados Unidos reduzirão a tarifa sobre as importações chinesas de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá sua tarifa sobre produtos americanos de 125% para 10%.
As tarifas de 20% impostas pelos EUA sobre importações chinesas relacionadas ao fentanil continuarão em vigor, o que mantém o total de tarifas americanas sobre a China em 30%.
No início de abril, o governo chinês havia ordenado restrições à exportação de metais e ímãs de terras raras — componentes essenciais usados por diversas indústrias, incluindo montadoras, fabricantes aeroespaciais e empresas de semicondutores. Essas barreiras também foram suspensas.
“Concluímos que temos um interesse comum”, disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em uma entrevista coletiva em Genebra, onde autoridades dos EUA e da China se reuniram no fim de semana. “O consenso entre ambas as delegações é que nenhum dos lados quer romper as relações comerciais”, afirmou.
Bessent disse que os dois países podem discutir acordos de compra de produtos americanos pelo governo chinês, o que poderia ajudar a reduzir o déficit comercial dos Estados Unidos com a China. Ele afirmou que vai se encontrar novamente com autoridades chinesas “em poucas semanas” para discutir uma ampliação do novo acordo comercial.
Perspectivas
Os mercados estão em alta. Na Ásia, o índice Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, fechou em alta de 2,8%. No pré-mercado, os contratos futuros do índice americano S&P 500 avançam 3,1% e os do Nasdaq Composite sobem 4%.
O acordo resolve temporariamente um impasse que havia paralisado grande parte do comércio entre China e Estados Unidos. Muitas empresas americanas haviam suspendido pedidos, na esperança de que os países chegassem a um acordo para reduzir as tarifas. Economistas vinham alertando que o conflito comercial poderá desacelerar o crescimento global, alimentar a inflação e provocar escassez de produtos, potencialmente levando os Estados Unidos à recessão.
Fábricas chinesas também enfrentaram uma queda acentuada nos pedidos de exportação para os Estados Unidos, o que aumentou a pressão sobre uma economia já enfraquecida. Produtores chineses buscaram ampliar o comércio com o Sudeste Asiático e outras regiões como forma de contornar as tarifas americanas.
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Relatório Focus
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