O Ministério da Defesa da Rússia informou neste sábado que mais 307 prisioneiros de guerra foram trocados por cada lado sob o acordo de troca de mil detentos selado com a Ucrânia em Istambul, durante as primeiras negociações diretas com o governo ucraniano em três anos.
“Atualmente, os militares russos estão no território da República de Belarus, onde estão recebendo a assistência psicológica e médica necessária”, comunicou a pasta no Telegram.
Todos os militares russos, segundo o comunicado, serão transferidos para a Rússia para tratamento médico e de reabilitação em hospitais do Ministério da Defesa.
“A troca (de prisioneiros) em larga escala que está sendo realizada por iniciativa do lado russo continuará”, concluiu a declaração.
Enquanto isso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também confirmou a segunda etapa da troca que libertou 307 militares ucranianos, depois que 390 foram libertados na sexta-feira.
“Mais 307 defensores da Ucrânia em casa. Hoje é o segundo dia da troca de mil por mil que acordamos na Turquia. Em apenas dois dias, 697 pessoas retornaram. Esperamos que mais retornem amanhã”, informou Zelensky em sua conta no Telegram.
O chefe de Estado da Ucrânia disse que entre os libertados estão soldados, membros do serviço de proteção de fronteiras e da Guarda Nacional.
“Obrigado a todos os envolvidos no processo de troca, que estão trabalhando incansavelmente. Nosso objetivo é o retorno de cada um de nossos homens do cativeiro russo. Continuamos a interagir com nossos parceiros para tornar isso possível”, acrescenta a mensagem de Zelensky, acompanhada de fotos dos homens libertados, envoltos em bandeiras ucranianas e gestos visíveis de emoção.
O chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Andriy Yermak, também fez um relato da troca em uma mensagem publicada neste sábado em sua conta na rede social X.
“Alguns de nossos homens estão em cativeiro desde 2022, continuamos a trabalhar no próximo retorno”, afirmou.
A primeira etapa da troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia, acordada em Istambul no dia 16, foi concluída na sexta-feira, quando cada lado entregou 270 prisioneiros militares e 120 civis.