Enquanto muitos ecossistemas de criptomoedas focam na descentralização como princípio central da Web3, a Aptos tem alcançado sucesso com plataformas híbridas que combinam tecnologias da Web2 e Web3, conhecidas como ‘Web2.5’.
Em entrevista durante o evento Token2049 em Dubai, o chefe de ecossistema da Aptos, Ash Pampati, disse ao Cointelegraph que as plataformas Web2.5 estão gerando “fortunas em receita” dentro da Aptos. Ele observou que os aplicativos voltados para o consumidor, em especial, estão prosperando na rede.
Web2.5 é um termo usado para descrever plataformas ou aplicativos que misturam experiências centralizadas da Web2 com elementos descentralizados da Web3.
Esses aplicativos evitam a descentralização total, o que frequentemente gera críticas por não abraçarem completamente a visão da Web3.
Plataformas Web2.5 voltadas ao consumidor geram receita na Aptos
Pampati disse ao Cointelegraph que uma das tendências que observa dentro do ecossistema da Aptos é que os fundadores querem construir “ótimas experiências para o consumidor”.
Ele afirmou que a rede Aptos foi projetada para dar suporte a projetos com escala quase semelhante à da Web2. Devido às suas origens na Meta, a Aptos possui uma estrutura de desenvolvimento focada em eliminar atritos da Web3.
Pampati descreveu isso como uma experiência de usuário mais próxima da Web2 “sem sacrificar os princípios da Web3”. Segundo ele, plataformas que seguem esse modelo têm obtido sucesso dentro do ecossistema:
“Vemos muitas ótimas plataformas Web2.5 voltadas ao consumidor surgindo. As que focam em distribuição e as que investem na lealdade dos fãs também estão gerando fortunas em receita porque criaram ótimos produtos.”
Pampati afirmou que essa tendência é influenciada principalmente pela estrutura de desenvolvimento da Aptos e pelo que a plataforma oferece, com foco em aplicativos voltados ao consumidor em larga escala.
O desafio de atrair os próximos milhões de usuários
Embora os aplicativos Web2.5 resolvam alguns problemas de experiência do usuário no universo cripto e na Web3, Pampati destacou que um dos desafios do setor continua sendo a integração de pessoas que ainda não são nativas do mundo cripto.
“Acho que o maior desafio é tentar prever o próximo catalisador que atrairá o próximo milhão, 10 milhões de usuários para o setor cripto. Acho que há uma forte tendência a reabrir guerras antigas”, disse Pampati ao Cointelegraph, acrescentando que os fundadores frequentemente voltam a conceitos como memecoins e tokens não fungíveis (NFTs).
Ainda assim, segundo ele, encontrar o próximo catalisador para impulsionar a adoção em massa exigirá a criação de algo novo.
Pampati acrescentou que colaborar e motivar os fundadores a “enxergar além do óbvio e não apenas tentar recriar o que já foi feito antes” continua sendo um desafio. Ele afirmou que os fundadores devem estar preparados para o próximo catalisador.