Apesar de resultados do primeiro trimestre no 2025 apenas ligeiramente abaixo do esperado, a teleconferência da Petrobras (PETR4) começou em clima de tranquilização. A presidente da companhia, Magda Chambriard, reforçou inúmeras vezes que a companhia pretende, agora, apostar em austeridade.
“Vamos revisar plano de negócios para o próximo quinquênio, considerando os desafios que a redução de preços do petróleo trazem”, afirmou. “Vocês vão ouvir demais algumas palavras como: austeridade, simplificação e otimização de projetos e redução de custos de investimentos e operacionais”, afirma a CEO, citando o cenário desafiador causado pelo barril a US$ 65.
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“Nossos produtos variam com preços e taxa de câmbio, sem que tenhamos controle sobre isso. O que sabemos é que temos obrigação de reagir a essas flutuações. Quando o preço sobe, nós temos mais conforto para alargar as nossas ideias”, diz.
A presidente citou a importância da exploração de petróleo para a companhia, com destaque para a “luta pela Margem Equatorial”, que Magda afirma que se manterá.
No trimestre anterior, a desvalorização do real impactou negativamente os números da companhia. “Nossos resultados são sempre muito impactados pelo preço do petróleo e a taxa de câmbio”, sustenta, afirmando que a companhia pretende reagir com austeridade e controle geral de gastos.
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Entretanto, Chambriard não mencionou em sua fala cortes de projetos.
Nessa linha, o diretor executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Fernando Melgarejo, afirmou que a estratégia de longo prazo da companhia está mantida, mas que isso não significaria que não estejam “plenamente cientes e atentos ao cenário mundial de preços mais baixos da nossa indústria”.
“Temos que buscar todas as alternativas de redução de custo, para que a gente consiga manter capex e consiga colocar os projetos, fazer a execução dos projetos. Os projetos de hoje são o futuro da Petrobras amanhã”, disse Melgarejo.
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Medidas de austeridade em curso
Dentre as medidas de austeridade em curso, Melgarejo citou iniciativas para minimizar os efeitos inflacionários com otimização de gastos, mitigar o impacto de preços menores no fluxo de caixa livre e priorizar projetos que tragam fluxo de caixa no horizonte de prazo mais curto.
Do lado do impacto de preços no fluxo de caixa, o executivo citou uma busca por simplificação de projetos de engenharia, com a reavaliação de escopo de projetos de plataformas licitadas recentemente e que não foram concluídos.
“Entre as ações dessas frentes, temos maior rigidez da inclusão de novos projetos na carteira de implementação, reposição de projetos e implantação com maiores retornos nos curtos e médios prazos, e vamos continuar estudando medidas de adequação”, disse Melgarejo.
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A Petrobras registrou lucro líquido de R$35,21 bilhões no primeiro trimestre, alta de 48,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com impactos positivos de natureza contábil, inclusive relacionados ao câmbio, segundo a empresa informou na véspera.
(com Reuters)