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domingo, maio 25, 2025

A planta que melhora a digestão, é anti-inflamatória e cicatrizante

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Presente em jardins de diferentes culturas há séculos, a calêndula — também conhecida como “botão de ouro” — e de nome científico Calendula officinalis, é muito mais do que uma planta decorativa. Gregos, romanos, árabes e hindus a cultivavam por sua aparência luminosa e por sua capacidade de adaptação a diferentes climas.

Além desse valor estético, a flor de calêndula oferecia outros usos que iam além do aspecto ornamental. Durante gerações, sua tintura dourada foi utilizada para tingir tecidos, dar cor a alimentos e elaborar cosméticos. Esses usos práticos permitiram que seu cultivo se expandisse além da região do Mediterrâneo, chegando à Europa Ocidental por volta do final da Idade Média.

Da mesma forma, em medicinas tradicionais como o ayurveda e a medicina chinesa, essa flor ocupa um lugar de destaque por suas propriedades curativas para a pele, bem como por seu efeito anti-inflamatório e calmante.

Indo além do uso terapêutico, tanto na Índia quanto em regiões árabes, ela passou a fazer parte de rituais, cuidados pessoais e preparações artesanais. María Jimena Lannutti, especialista em herbologia, cita o ritual da coroa de calêndula como um dos mais populares atualmente para afastar o mal.

—Coloca-se a coroa de calêndula na porta de casa para proteger quem vive ali — explica.

Propriedades da calêndula

Suas flores alaranjadas ou douradas são ricas em nutrientes e compostos bioativos. De acordo com Yael Hasbani, coach de saúde e nutricionista, essa planta contém flavonoides, carotenoides, óleos essenciais e antioxidantes, que são os responsáveis por seus benefícios ao organismo.

A seguir, alguns dos principais efeitos positivos que ela oferece para a saúde:

Segundo Lannutti, sua ação cicatrizante sobre a pele é fundamental.

— É maravilhosa para uso tópico na derme. Costuma ser utilizada para tratar feridas, erupções cutâneas e infecções. Por isso, a indústria dermatológica a incorpora em tantos produtos — diz.

Foi durante a Idade Média que Santa Hildegarda de Bingen (Hildegard von Bingen), uma das mulheres mais multifacetadas e influentes de sua época, investigou o valor curativo das plantas que ela mesma cultivava e descreveu a eficácia da calêndula para tratar feridas e problemas de pele.

— Semelhante à camomila, ela é usada para tratar distúrbios digestivos, desconfortos e sensação de peso — explica Hasbani.

Isso ocorre, segundo ela, porque é uma planta rica em flavonoides, compostos antioxidantes com potencial para reduzir a resposta inflamatória do corpo.

“Graças aos seus componentes anti-inflamatórios e antioxidantes, pode ajudar a proteger contra doenças cardíacas e aliviar a fadiga muscular”, descreve o site médico WebMD.

O óleo concentrado da flor de calêndula pode ser uma opção auxiliar na proteção solar. Um estudo publicado na BioMed Research International revelou que cremes com calêndula apresentavam fator de proteção solar (FPS) de 18, o que os tornava terapêuticos para a pele. Vale lembrar que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) recomendam o uso de protetor solar com FPS de pelo menos 15.

No entanto, o estudo ressalta que ainda são necessárias mais pesquisas para determinar a eficácia da calêndula na proteção contra os raios solares. Enquanto isso, recomenda-se o uso de protetores solares com eficácia comprovada para reduzir o risco de câncer de pele e outros problemas cutâneos.

As pétalas da calêndula podem ser misturadas a saladas ou utilizadas como ingrediente principal em receitas da gastronomia gourmet. Hasbani informa que, para fazer uma infusão, deve-se colocar uma colher de chá das pétalas secas em uma xícara grande de aproximadamente 250 ml e deixar em infusão por 5 a 10 minutos.

— Também é possível encontrar saquinhos de chá de calêndula em lojas de produtos naturais ou em embalagens combinadas com outras ervas digestivas e calmantes — indica.

O portal médico da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA, MedlinePlus, faz um alerta quanto ao uso durante a gravidez ou lactação: “Pode causar reações alérgicas em pessoas sensíveis a plantas como ambrosia ou crisântemos, por isso é sempre recomendável consultar um médico”, informa.

[Fonte Original]

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