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domingo, maio 18, 2025

Centrista é o mais votado em primeiro turno da eleição presidencial na Polônia, mostra boca de urna

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O prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, foi o mais votado no primeiro turno da eleição presidencial na Polônia, realizada neste domingo, seguido de perto pelo conservador e rival no segundo turno, Karol Nawrocki. Segundo a boca de urna, Trzaskowski, do partido governista Plataforma Cívica (Centro), teve 30,8% dos votos, enquanto Nawrocki, do partido Lei e Justiça, surge com 29,1%. Embora fora do segundo turno, a extrema direita teve votação considerável, refletindo uma insatisfação dos eleitores com o comando do país.

No primeiro discurso após o anúncio das projeções, Trzaskowski afirmou que “irá vencer” na votação do dia 1º de junho, mas reconheceu que precisará de “grande determinação” para terminar na frente. A principal bandeira do candidato é a promessa de trabalhar em conjunto com o premier, Donald Tusk, em projetos como uma reforma do Judiciário polonês, considerado extremamente politizado, e na liberalização das leis sobre o aborto.

“O jogo para tudo está apenas começando. Luta árdua por cada voto. Essas duas semanas decidirão o futuro da nossa Pátria. Portanto, nem um passo para trás”, disse Tusk no X.

Em uma sinalização de que a disputa será marcada por linhas ideológicas, Trzaskowski disse que seu rival é um elemento “radical” na política, e que poderia significar uma guinada ainda mais brusca à direita caso ele seja eleito.

Já Nawrocki, um historiador cuja pesquisa é centrada na oposição ao regime comunista na Polônia, o que lhe rendeu um processo criminal na Rússia, fez um apelo aos eleitores de centro-direita e da extrema direita, afirmando que a eleição de Trzaskowski jogaria por terra a agenda conservadora e daria “todo o poder” a Donald Tusk.

Dentro do sistema parlamentarista polonês, o presidente serve como chefe de Estado, comandante supremo das Forças Armadas e tem o direito de vetar qualquer legislação, mas o veto pode ser derrubado pelo Parlamento, em um processo que depende do apoio de três quintos dos parlamentares.

Trzaskowski parece chegar ao segundo turno em leve desvantagem. A começar pela diferença em relação a Nawrocki, menor do que previam as pesquisas de opinião. O bom desempenho dos candidatos da extrema direita sugere um apoio em massa para o candidato conservador.

O libertário Slawomir Mentzen, que apelou ao descontentamento dos eleitores com a política tradicional da Polônia, chegou em terceiro, com 15,4% dos votos. Em quarto, de forma surpreendente, ficou Grzegorz Braun, um candidato abertamente antissemita e que em 2023 usou um extintor de incêndio para apagar as velas em uma menorá dentro do Parlamento.

— Os riscos são enormes. Estamos lutando para que a Polônia esteja do lado das democracias europeias, [caso contrário] ela estaria do lado dos encrenqueiros europeus, aqueles que querem seguir o caminho do [primeiro-ministro húngaro Viktor] Orbán ou do [primeiro-ministro eslovaco Robert] Fico — disse, em entrevista na rede TVP, o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski, que já anunciou seu apoio a Trzaskowski.

[Fonte Original]

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