“Dez anos pode parecer um período curto, mas, nesse espaço, muita coisa pode mudar em semanas”, afirmou, citando acontecimentos recentes, como a compra de uma startup de dispositivos pela OpenAI, fabricante do ChatGPT.
O Departamento de Justiça e uma coalizão de estados querem que o Google compartilhe dados de pesquisa.
Além disso, querem que o Google cesse pagamentos multibilionários à Apple e a outros fabricantes de smartphones para ser o mecanismo de busca padrão em novos dispositivos dessas empresas.
Na audiência, o juiz levantou a possibilidade de limitar o compartilhamento de dados pelo Google e encerrar os pagamentos somente se outras medidas não aumentarem a concorrência. Ele também se debruçou sobre o surgimento de produtos de inteligência artificial que poderiam substituir os mecanismos de busca tradicionais.
É improvável que um mecanismo de busca padrão alternativo no navegador Safari, da Apple, venha de mecanismos de busca rivais existentes, como DuckDuckGo ou Bing, disse o juiz.
“Se alguma coisa acontecer, será uma dessas empresas de IA que podem fazer mais do que apenas pesquisar. E por quê? Porque talvez as pessoas não queiram mais dez links azuis”, disse ele, referindo-se às versões anteriores do mecanismo de busca do Google.